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Mudança
É. As coisas mudam.
Talvez seja por isso que estejamos aqui: para que as coisas mudem. Deus, quantas coisas eu já vi e vivi que mudaram radicalmente desde sua origem até hoje? Quantas coisas eu desejei num dia com a mais plena convicção e hoje, quando olho pra trás, vejo igualmente com a mesma convicção que estava errado. Por isso eu digo: as coisas mudam.
A isso nós convencionamos um nome: passado. E aprendemos com ele. O passado serve pra isso, pra nos lembrar dos erros que cometemos na expectativa de não os cometermos mais. É complicado, eu sei, mas é a única forma de seguir em frente. Eu acabei aprendendo com meus erros, com o meu passado, até mesmo meu passado recente já me ensinou alguma coisa. O que importa é aprender. E seguir em frente.
Mas talvez seja por isso que as coisas mudem. Porque olhamos no passado, aprendemos com nossos erros e tentamos evitá-los, daí as mudanças. O que muda na verdade são as pessoas e não os fatos. Os fatos estão aí sempre, as histórias se repetem. Mas as pessoas não. Essas são constantemente trocadas. E mudam do dia pra noite.
Há também aquelas pessoas que não aceitam as mudanças e querem viver no passado. Mesmo que esse passado seja presente dia a dia. Algumas pessoas simplesmente não aceitam o fato de terem perdido um grande amor, uma oportunidade na vida e vivem todos os dias a lamentar o que perderam. Outras, fogem das mudanças, fogem da possibilidade do novo e vendem a imagem de que mudaram sim, que deixaram o passado pra trás. Mentira! Quando estão sozinhas choram desejando a volta daquilo que viveram. Passam os dias mentindo pra si mesmas.
Ainda existem outras pessoas que, por mais que a vida lhes mostre outros caminhos, insistem em continuar sofrendo, em continuar no erro, simplesmente pelo medo de mudar e perder algo certo. A isso eu chamo “conformismo”, não amor. O amor sim aceita mudanças, o medo não. O medo corrói qualquer tipo de sentimento, qualquer tipo de esperança. Não ter coragem pra mudar, pra dizer ‘chega’, pra parar de sofrer é se conformar a viver uma vida pela metade. E não há metade que sobreviva sem o inteiro.
As coisas mudam. As pessoas mudam.
E são essas mudanças que nos fazem evoluir. Não há como prever o futuro, eu sei. Mas há como evitar que o mal aconteça. Como? Evoluindo, mudando sempre.
Prof.º Arnaldo F. Vieira – Jornalista, professor universitário há 13 anos, mestrando em comunicação na UNESP/Bauru, ex-diretor de teatros e museus da Secretaria Municipal de Cultura de S.J.do Rio Preto.
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