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Da indignação à ação para mudar

Eleuses Paiva, comenta sobre momento conturbado na política do País.

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Conversas com amigos, no bar, no clube, na saída da igreja, na faculdade, enfim, onde estivermos, revelam que o momento conturbado na política do País atinge a todos e produz reflexões e consequências diversas. De apoio ou de rejeição aos segmentos em conflito – oposição e situação –, e de perplexidade diante de um futuro incerto, que se desenha no horizonte com as tintas da intolerância mútua. É grave o momento deste país que tanto amamos.

O sentimento que mais aflora nessas conversas é o de decepção com os políticos. Entretanto, as pessoas de bom senso hão de concordar que é justamente nestes momentos de frustração que a serenidade se faz necessária. Com serenidade, resgatamos uma certeza universal, ou seja, a de que a política é maior que os políticos. E que este país e seu povo são muito melhores que os políticos expostos nesta fratura moral e ética que fragiliza momentaneamente a confiança no futuro da Nação.

O pessimismo espalha que a situação será permanente, variando apenas de intensidade, porque, sob essa ótica pessimista, a corrupção, os interesses mesquinhos, a ganância, a intolerância estão entranhadas na natureza humana. Não é verdade.

O número de pessoas indignadas com os atuais abusos na política comprova isso. A questão é que os indignados, levados pela decepção, se entregam a um grave imobilismo que resulta, ainda que indiretamente, em aval à bandalheira.

É preciso transformar a decepção e a indignação em ação contra essa gente. É preciso criar alternativas. Elas existem. Ainda que pareça apenas um sonho.

Lembro-me de uma frase que li na adolescência, atribuída a Albert Einstein, e que me acompanha e reluz nesses momentos de prostração que exigem reação: “Algo só é impossível até que alguém duvide e acabe provando o contrário.” Vamos provar, com atos, que é possível reverter o quadro pessimista que se abate sobre o país e sua gente. Que o voto nos permite trocar os maus políticos por outros, comprometidos com o bem comum.

É urgente acreditar. É inadiável mudar. Converse com os amigos. Discuta as prioridades. Identifique lideranças que se comprometam com elas. Reforce e amplie a corrente do bem.

Eleuses Paiva é médico e professor de medicina

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