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Chega de sabor limão
Artigo escrito por Roberto Lima Roberto Lima Filho
O escritor americano John Naisbitt, autor do best-seller Megatrends (Mega Tendência) diz que a nova fonte de poder não é o dinheiro nas mãos de poucos, mas informação nas mãos de muitos. A afirmação da margem para um debate de infinitas possibilidades e abordagens inesgotáveis. O século 21 sempre será reconhecido como o tempo da velocidade e proliferação da informação. A internet na palma das mãos faz com que cada pessoa seja ao mesmo tempo repórter, editor e produtor de notícias. O volume de notícias circulando pelo mundo é algo inimaginável até há poucos anos. O problema é que a boa informação, o fato que merece ser conhecido e sua análise multiplicada, pouco ainda chegam ao conhecimento da imensa maioria. E, aqui, estou comentando sobre o poder da informação no Brasil. Fã incondicional da Operação Lava-Jato, eu atribuo a ela um salto gigantesco no acesso à informação da população aos podres porões do poder. Com informação de qualidade, apurada, depurada e evidenciada, foi possível mergulhar na lama das negociatas, no deboche e na rotina de aviltamento dos homens públicos. Nunca nada seria descarnado senão fosse a averiguação e, consequente, divulgação de todo esse horror. Creio que uma das boas lições da Lava Jato será a valorização da informação de procedência, aquela que leva a tomadas de decisão difíceis, porém éticas. A informação e a formação do conhecimento são janelas para a liberdade, para a prosperidade e para o desenvolvimento seguro de um povo, de um País. E isso pode começar a partir das próximas eleições, ano que vem. O candidato deverá ser exposto com verdade ao eleitor (e isso, claro, não se encontra na propaganda política gratuita na tevê). Associações, ongs, igrejas, comunidades e qualquer forma de agregação de cidadãos devem ter acesso a todo passado de qualquer um que deseja cargo eletivo. O brilhante jornalista Gilberto Dimenstein diz que “só existe opção quando se tem informação… Ninguém pode dizer que é livre para tomar o sorvete que quiser se conhecer apenas o sabor limão.” Chega da coisa rança e rasteira do eleitor ser ludibriado, vilipendiado e abusado no seu supremo direito à informação honesta e de conteúdo comprovado. Formadores de opinião devem trabalhar e se empenhar nesse sentido, de hoje até a renovação ética, de seriedade e compromisso na política. Elaborar listas com conteúdo detalhado da vida pregressa do candidato, e exibi-las à exaustão pelas redes sociais e todas as plataformas de comunicação em massa. O poder da informação nunca foi tão tremendo e é hora de a população tomar posse dessa garantia. Temos tudo em mãos para ser um País mais próspero e justo. Mas, como já disse um mago desses novos tempos, Bill Gates, “o modo como você reúne, administra e usa a informação determina se vencerá ou perderá.” Está em nossas mãos.
Roberto Lima Filho
Doutor em Ortodontia pela Universidade Federal do Rio de Janeiro.
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