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Congresso Médico Acadêmico discute números alarmantes sobre a AIDS no Brasil

Palestra ministrada por Artur Timerman, autor do livro ‘Histórias da Aids’ irá abordar estatísticas da doença desde o seu surgimento no Brasil

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O infectologista do Hospital Israelita Albert Einstein, Artur Timerman, será um dos palestrantes do IV Congresso Médico Acadêmico da Faculdade de Medicina de São José do Rio Preto (Famerp) que acontece entre os dias 10 a 12 de agosto.

Com o tema “AIDS: a luta continua”, a palestra ministrada por Timerman será realizada no dia 12, a partir das 17h45, e abordará os desafios mais recentes encontrados sobre a doença no Brasil. Dados divulgados pelo Programa Conjunto das Nações Unidas sobre HIV/AIDS (UNAIDS) evidenciam que o Brasil se encontra na “contramão” do que tem sido verificado no mundo em relação à AIDS.

Enquanto o número de novas infecções por HIV diminuiu 35,5% entre 2000 e 2014, no Brasil o número de soropositivos aumentou no mesmo período.

Segundo o Ministério da Saúde, outro fator preocupante no país é o número de portadores do HIV que não sabem que estão contaminados. Dos 630 mil portadores do vírus, 255 mil estão infectados e não sabem. Isso porque há cinco novas pessoas infectadas para cada dois soropositivos que iniciam o tratamento. Logo, estima-se 33 mil novos casos de contaminação a cada ano. Dentro dessa estatística, cerca de 15% são jovens com menos de vinte anos.

Perspectivas

Em seu livro, “Histórias da Aids (Editora Autêntica)”, Timerman afirma que no início da carreira chegava a assinar em média cinco atestados de óbito por dia por conta da doença, mas houve um dia em que assinou 11. De lá para cá, no entanto, bons resultados também foram apresentados, e ainda restam boas perspectivas.

O relatório “Como a AIDS mudou tudo”, elaborado pela UNAIDS, destaca que o mundo conseguiu atingir uma das metas dos Objetivos do Milênio estabelecidos pela ONU em 2000, de tratar 15 milhões de pessoas com HIV até o ano de 2015.

Atualmente, 32 tipos de medicamentos são utilizados para controlar o avanço da doença no organismo. Destes, 27 são distribuídos gratuitamente no Brasil.

“Há apenas cinco anos, nos congressos mundiais sobre AIDS, ninguém ousava falar sobre cura. Hoje, todo congresso tem uma parcela significativa de médicos apresentando estratégias para erradicar o HIV”, afirma.

 

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