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Sindicato projeta retração de 7% no PIB da construção civil em 2015

Cenário só mudará se houver retomada da confiança na economia

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Em razão da piora do ambiente macroeconômico, principalmente dos indicadores como Produto Interno Bruto (PIB), juros, inflação, emprego e câmbio, o Sindicato da Indústria da Construção Civil do Estado de São Paulo (SindusCon-SP) revisou suas estimativas para baixo, prevendo uma retração de 7% para o PIB da Construção em 2015 ante os 5,5% projetados anteriormente.

 A entidade tem como base as projeções do Instituto Brasileiro de Economia (Ibre) da Fundação Getulio Vargas (FGV) para o PIB do Brasil, que apontam retração um pouco superior a 2% neste ano.   “A indústria da construção está sofrendo diretamente os efeitos da crise econômica, que por sua vez está sendo alimentada pela crise política. Neste particular, o que se espera do governo são ações que inspirem gradualmente a retomada da confiança”, observa José Romeu Ferraz Neto, presidente do SindusCon-SP. “Perseverar no diálogo com o Congresso, ajustar despesas sem elevar os tributos, cuidar do crédito à produção e lançar a fase 3 do Programa Minha Casa, Minha Vida são algumas dessas ações necessárias.”  

 Para somar, os governos federal, estadual e municipal cortaram investimentos e reduziram o ritmo de suas obras. Empresários e a população em geral têm adiado os investimentos e decisões de longo prazo.  Ao mesmo tempo, o baixo nível de vendas e lançamentos no segmento de edificações tem se somado à quase paralisia das obras de infraestrutura, com efeitos negativos sobre a rentabilidade das empresas. A queda no faturamento real do varejo de materiais sugere que os gastos com reforma e autoconstrução também estão em ritmo mais lento.

 Reflexo no emprego

A perspectiva também levou em consideração os dados da pesquisa de emprego com carteira assinada do SindusCon-SP. De janeiro a junho de 2015 foram cortados 157,2 mil empregos na construção brasileira em relação a dezembro de 2014 (queda de 10,8%). Os setores mais afetados foram infraestrutura (-13,18%) e imobiliário (-10,17%). Em 12 meses, o saldo líquido negativo alcançou 383,8 mil postos de trabalho

 A estimativa é de que a indústria da construção encerrará 2015 com um corte aproximado de 480 mil empregos em relação a dezembro de 2014 (redução de pouco mais 14,3%). Somados aos 270 mil empregos encerrados pela construção no ano passado, o setor terá perdido 750 mil trabalhadores com carteira assinada no biênio 2014/2015 – patamar próximo ao de maio de 2010.

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