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TROPA DE ELITE do resgate médico

Em Rio Preto, base do Grupo de Atendimento e Resgate às Urgências (Grau) com equipe de médicos e enfermeiros inicia atividades em outubro. Socorro aéreo com o Águia fi ca para 2016

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Rio Preto vai ganhar, a partir de outubro, ‘tropa de elite’ do resgate médico às vítimas de acidentes e violência, mas a princípio sem o apoio do Águia, helicóptero da Polícia Militar. A informação do início do funcionamento da base do Grupo de Atendimento e Resgate às Urgências (Grau) foi confi rmada à Gazeta de Rio Preto por Cecília Damasceno, assessora do Gabinete da Secretaria de Saúde do Estado de São Paulo.

De acordo com Cecília, a equipe rio-pretense formada por 10 médicos e 11 enfermeiros fazem treinamento em São Paulo, desde terça-feira (dia 4), sobre atendimento a pessoas em estado grave, como vítimas de atropelamento, quedas e até de catástrofes, visando à estabilização do estado clínico até a chegada ao hospital. “Nesta primeira etapa vamos atuar somente terrestre, depois faremos também o socorro aéreo com o apoio do helicóptero Águia. A equipe está na escola do Corpo de Bombeiros aprendendo os protocolos operacionais.

O próximo passo é que estes profi ssionais trabalhem nas viaturas de resgate sob a supervisão de médicos e bombeiros experientes”, afi rmou. Isso sem contar que os médicos e enfermeiros vão passar por diferentes e exaustivos treinamentos, como negociação em sequestros e balística. A reportagem da Gazeta de Rio Preto apurou ainda que o socorro aéreo só deve ter início no próximo ano. “A operação envolvendo helicópteros é mais complexa. Da decolagem até o pouso, o médico passa a ser um tripulante da aeronave. Ele vai auxiliar
o comandante em diversas situações, como pouso e decolagem.

Passa a ser os olhos do piloto. Além do treinamento do resgate, existe o treinamento operacional da aeronave”, disse ela. O Grupo de Atendimento e Resgate às Urgências éreferência nacional e até mesmo internacional em resgate médico e atendimento a desastres históricos, como a explosão do Osasco Plaza Shopping (1996), as quedas das aeronaves da TAM (1996), Gol (2006) e a da banda Mamonas Assassinas (1996), além das enchentes que atingiram Santa Catarina (2008).

SOBRE A SELEÇÃO
Ainda segundo Cecília, Rio Preto e outras cidades como Presidente Prudente e Ribeirão Preto foram selecionadas para serem contempladas com uma base do Grau por causa da densidade demográfi ca e número de moradores, além de oferecem estruturas hospitalares aptas ao atendimento de pacientes em diferentes graus de complexidade. “São cidades que têm muitas ocorrências. Afinal, tem muitos moradores e, consequentemente, acidentes causando vítimas com traumas.

E, claro, Rio Preto por ter também uma base do agrupamento do Águia”,disse. Neste mês, o helicóptero Águia completa cinco anos em Rio Preto realizando desde serviços de radiopatrulhamento aéreo, atendimento de ocorrências em estradas e em áreas de mananciais e locais de difícil acesso até transporte de órgãos. “A viatura terrestre, embora não tão ágil quanto um helicóptero, poderá fazer o mesmo papel do Águia em levar o médico para que possa iniciar o socorro ainda no local e bem amparado de equipamentos”, disse Cecília, enfatizando que a viatura do Grau contará com especialistas e equipamentos aptos à prestação de atendimento rápido para a vítima ainda em rua antes da chegada de uma ambulância.

O acionamento do Grau é feito pelo telefone 193, Central de Operações do Corpo de Bombeiros (Cobom), cabendo ao médico regulador do Grau, por meio das informações recebidas e após o despacho da viatura adequada, monitorar e orientar os profissionais no local, além de indicar o melhor recurso hospitalar para cada tipo de atendimento, de acordo com a regionalização e hierarquização dos hospitais previamente normatizados e por uma grade já estabelecida.

 

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