Cidades
Vereadores de Rio Preto aprovam início de sessão a partir das 14h
Proposta foi duramente criticada pelos vereadores oposicionistas, que em bloco afirmaram que a medida visava afastar a população do Legislativo
Nem mesmo as quase 3 mil assinaturas do abaixo-assinado repudiando o início das sessões da Câmara a partir das 14 horas foram suficientes para impedir que os vereadores de Rio Preto aprovassem por 10 votos contra 4, o projeto de resolução do vereador Gerson Furquim (PP) que antecipa o horário das sessões legislativas das 16h30 para as 14 horas. Os vereadores se reuniram em duas sessões na quinta-feira e aprovaram o projeto em regime de urgência, e com a decisão a sessão da próxima terça-feira já foi convocada para as 14 horas. A proposta foi duramente criticada pelos vereadores oposicionistas, que em bloco afirmaram que a medida visava afastar a população da casa legislativa.
“Com o novo horário os trabalhadores serão privados de acompanharem as votações em plenário e assim lutarem por seus direitos” afirmou Celi Regina (PT).
Já Marco Rillo (PT), chegou a pedir ajuda ao Bispo Dom Tomé para implantar um grupo de debates políticos na Igreja Católica, além de conclamar aos manifestantes que tomem os bairros para mostrar ao povo o que está ocorrendo no Legislativo rio-pretense. “Sou contra a participação de padres e pastores na política, mas eles precisam participar dos debates políticos em nossa cidadei”, afirmou o petista.
O vereador Jean Charles (PMDB), lembrou que com o novo horário os servidores públicos seriam impedidos de participarem das sessões. “O pessoal que trabalha na Prefeitura se tiver algum projeto em discussão que seja de seu interesse não poderá acompanhar as votações, pois estarão em horário de trabalho. Isso é um absurdo”, afirmou.
Apenas Maurin Alves Ribeiro (PCdoB) e Dourival Lemes (sem partido) se pronunciaram sobre seus votos favoráveis à mudança. Para o comunista com o novo horário a audiência da TV Câmara tende a crescer, impulsionada pelo início as 14 horas e após o inicio das transmissões em TV Aberta. “Sou favorável, pois as pessoas terão acesso as sessões e não teremos conflitos com as novelas” afirmou Maurin.
A sessão foi marcada por protesto de grupo de manifestantes nas galerias. Eles utilizaram apitos, proferiram gritos de ordem e estenderam uma espécie de varal com as folhas do abaixo assinado. “Isso é uma afronta a democracia, posso dizer que é um golpe contra a população”, afirmou Rosemary Longhini.
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