Cidades
Legião Urbana em Rio Preto
Show da turnê nacional da lendária banda do rock brasileiro será nesta quinta-feira (dia 19), no clube de campo do Monte Líbano
O show da turnê nacional do grupo “Legião Urbana – 30 Anos” em Rio Preto será nesta quinta-feira (dia 19) no clube de campo do Monte Líbano, a partir das 22h. A Kess Produções é responsável pela realização do evento. Para celebrar os 30 anos do primeiro disco da lendária banda do rock brasileiro, Dado Villa-Lobos (guitarra) e Marcelo Bonfá (bateria) convidaram o ator e cantor André Frateschi para assumir os vocais no lugar do cantor e compositor Renato Russo (1960-1996). “Não pensei duas vezes para dizer sim. Sabe quando você responde e pensa não posso recusar jamais. Depois dou um jeito”, afirma Frateschi, em entrevista à Gazeta de Rio Preto. Ele afirma que estava até preparado para uma rejeição por parte dos fãs do Legião Urbana porque, segundo ele, “o Renato é um dos maiores poetas brasileiros. O Renato é um cara único e insubstituível.
Daqueles que nasce um a cada 100. Até agora só tive elogios. Não copio o Renato porque o importante é a obra”, afirma Frateschi, que confessa ainda que debruçou horas em livros, biografias e reportagens para entender o ‘universo’ do Legião Urbana. “Quero mostrar a minha verdade”, afirma ele, que elenca duas músicas que são as favoritas durante as apresentações: “Soldados” e “Angra dos Reis”. Não será a primeira vez do ator junto aos integrantes da banda, já que ele costumava acompanhar Villa-Lobos, Russo e Bonfá quando tinha 10 anos na turnê de 1985, na dobradinha entre a banda e a peça de teatro “Feliz Ano Velho”, protagonizada na época pela sua mãe, a atriz Denise Del Vecchio.
A turnê do Legião Urbana só foi possível porque o guitarrista e baterista conseguiram na Justiça – após longa batalha judicial com Giuliano Manfredini, herdeiro de Renato Russo – os direitos de usar o nome da banda em atividades profissionais. “Era algo que estava repreendido há anos. Por isso, sentimos muito a alegria e a emoção do público”, afirma Franteschi.
O início do projeto
No começo deste ano, Villa-Lobos e Bonfá receberam da EMI – hoje parte da Universal Music – a proposta de lançar uma edição especial do primeiro disco da banda, lançado em 1985, também chamado de “Legião Urbana”. Surgia então o projeto “Legião Urbana – 30 anos” que, além de trazer o disco original remasterizado, contava com um outro disco contendo pérolas e raridades guardadas nos cofres da gravadora. Entre elas estão, por exemplo, as três músicas que o então trio gravou a convite da EMI no Rio de Janeiro, em 1983, ainda com Renato Russo tocando baixo e cantando. O lançamento da EMI/Universal está previsto para o final deste ano.
O processo de mexer com todas essas fitas, de ver fotos, de ler textos e, principalmente, de ouvir as primeiras versões das músicas, ou seja, exatamente como elas foram criadas, despertou a vontade dos músicos de estar juntos tocando de novo.
Dessa vontade surgia uma segunda ideia: a de chamar amigos e montar um show para tocar o primeiro disco na íntegra. Mas, para evitar erros ou mal-entendidos, sempre deixando claro que não existe possibilidade alguma de “volta” da Legião Urbana. Como já disseram inúmeras vezes, a Legião – como banda – acabou junto com a morte do Renato, em 1996.
Sobre o show
O show da banda Legião Urbana é dividido em duas partes. Na primeira parte o primeiro disco é apresentado na ordem original, e na segunda parte as músicas consagradas do grupo. Acompanham Villa-Lobos e Bonfá no palco: na segunda guitarra Lucas Vasconcellos (Letuce), no baixo Mauro Berman (Cabeza de Panda e Marcelo D2) e nos teclados Roberto Pollo (Cirque du Soleil). No setlist, canções como “Será”, “Ainda é Cedo”, “Geração Coca-Cola”, “Tempo Perdido”, “Há Tempos”, “Monte Castelo”, “Pais e Filhos”, “Faroeste Caboclo”, “Índios”, “Que País é Esse?”, entre outras.