Manifestantes continuam acampados em protesto a construção de novo terminal

Manifestantes realizam, desde domingo (dia 15) um protesto contra a construção do novo terminal urbano na Praça Cívica em Rio Preto. Centenas de cartazes chegaram a serem espalhados pelo local.

O grupo questiona a escolha do local para a obra de R$ 47,7 milhões que será realizada pela Constroeste, como explica a estudante de música Natanielli Carvalho, 18 anos. “Rio Preto sofre com diversos pontos de alagamento e concretando esta praça, será mais um local impermeável na cidade. Eles têm que entender que esta região é um vale e é praticamente o pulmão da cidade”.

Carvalho também questiona proximidade dos terminais. “Qual a lógica gastar 50 milhões para construir um terminal rodoviário ao lado de outro. Vai dobrar o caos na área central. Nos dias de hoje todas as cidades procuram desenvolver projetos de mobilidade urbana e Rio Preto vai na contramão. A solução construção de minis terminais urbanos e investir em linhas interbairros mais eficientes” explica.

O estudante de física, Lucas Villela Canôas, foi o primeiro manifestante a acampar no local, diz que não é contra a construção do novo terminal desde que seja em outras área. “Algumas pessoas estão dizendo que estamos sendo anti-progressistas impedido a construção de um novo terminal. Não somos contra a construção de um novo terminal, muito pelo contrário defendemos a idéia da construção de vários mini-terminais e se querem construir um novo terminal, construam em outro ponto da cidade, não um do lado do outro”.

A designer Yana Longhini, 31 anos, diz que a prefeitura teria outras opções, mas não levou em consideração nenhuma delas. “Por que ao invés da construção de um novo terminal eles não optam por tirar a rodoviária do centro e usar o espaço para ampliar o espaço. Tinha outras opções para prefeitura, mas ela descartou todas”.

As obras estão previstas para começar nos próximos dias. O projeto prevê a ampliação do atual terminal urbano com mais plataformas de embarque e desembarque, além da construção de um viaduto de uma praça suspensa. Toda obra está orçada em R$ 47,7 milhões e deve ficar pronto em um ano. 

Um acordo entre a Prefeitura e Ministério Público, definiu que 60 árvores nativas serão derrubadas, porém, o município terá plantar cerca de 80 árvores no local e, também terá de plantar outras 2,6 mil árvores em vários pontos da cidade.