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Nacionalidade das vítimas do Bataclan ainda não foi informada

Casa de show foi um dos alvos atacados pelos terroristas na noite desta sexta-feira (dia 13) na França; O Estado Islâmico assumiu a autoria dos ataques

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O Consulado do Brasil em Paris ainda não foi informado, pela polícia, sobre a nacionalidade das mais de 100 vítimas da sala de shows Bataclan. As autoridades brasileiras estão preparadas, portanto, para a possibilidade da existência de mais brasileiros entre as vítimas, que só foram retiradas do prédio onde ocorreu a tragédia na noite de sexta-feira (13) na manhã deste sábado (14).

Seis atentados terroristas, reivindicados pelo Estado Islâmico, mataram 128 pessoas e deixaram cerca de 300 feridos na capital francesa. Pelo menos 80 pessoas estão em estado grave.

O consulado estima que cerca de 80 mil brasileiros vivem na França, mas o número pode ser ainda maior, já que nem todos se comunicam com as autoridades brasileiras. A cônsul Maria Edileuza Fontenele Reis visitou hoje no hospital os dois brasileiros feridos. De acordo com o consulado, eles já se encontram fora de perigo.

Durante toda a noite, uma funcionária do consulado ficou de plantão atendendo ligações de moradores e turistas sem saber o que fazer, e de parentes e amigos em busca de notícias de pessoas que viajaram à capital francesa. O telefone de plantão do consulado é +336 80 12 32 34.

Em nota na página no Facebook, o consulado brasileiro recomenda que os cidadãos brasileiros que moram na França, especialmente em Paris, “façam contato com seus familiares no Brasil para tranquilizá-los”. Pede ainda “que os cidadãos restrinjam a circulação pelas ruas da capital francesa e pelo país, até que a situação se normalize”.

Estado Islâmico reivindica ataques

O grupo extremista Estado Islâmico (EI) reivindicou neste sábado (dia 14), em comunicado, os atentados terroristas desta sexta-feira à noite em Paris, que causaram pelo menos 127 mortos e 180 feridos.

“Oito irmãos, com coletes explosivos e espingardas de assalto, visaram os locais escolhidos cuidadosamente no coração de Paris”, indicou o comunicado dogrupo terrorista. “Que a França e aqueles que seguem seu caminho saibam que serão alvos do Estado Islamico”, acrescentou a organização extremista sunita.

De acordo com o comunicado, os ataques de Paris foram uma resposta aos “bombardeamentos dos muçulmanos na terra do califado”, termo que o grupo utiliza para designar as regiões do Iraque e da Síria controladas pelo grupo. A França participa na coligação internacional que realiza ataques aéreos contra os jihadistas do Estado Islâmico no Iraque e na Síria.

O presidente francês, François Hollande, já tinha já atribuído os ataques ao grupo terrorista, que qualificou como um “ato de guerra” cometido por “um exército terrorista” contra a França.

François Hollande pediu aos franceses “unidade e sangue-frio”, ao mesmo tempo em que decretou o “luto nacional por três dias”, na sequência dos ataques terroristas de sexta-feira.

“O que aconteceu ontem é um ato de guerra (…) que foi cometido pelo Estado Islâmico, organizado a partir do exterior e com cúmplices interiores que o inquérito deverá estabelecer”, afirmou Hollande.

O presidente da França acrescentou que falará nesta segunda-feira (16) no Parlamento francês, para informar sobre as medidas que adotará. Os ataques tereroristas ocorreram em pelo menos seis locais diferentes da cidade, entre eles uma sala de espetáculos e o estádio nacional, onde decorria um jogo de futebol entre as seleções de França e da Alemanha.

A França decretou o estado de emergência e restabeleceu o controle de fronteiras na sequência do atentado cclassificado por François Hollande classificou como “ataques terroristas sem precedentes no país”.

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