Cidades
Inflação preocupa supermercadistas paulistas
Produtos In Natura estimularam alta e em 12 meses índice chegou a 9,77%; Este é o quarto maior aumento desde o início da série histórica, iniciada em agosto de 1994, constatou a Associação Paulista de Supermercados.

O Índice de Preços dos Supermercados (IPS), calculado pela APAS/FIPE, apresentou em novembro alta mensal de 2,20%. Este é o quarto maior aumento desde o início da série histórica, iniciada em agosto de 1994, constatou a Associação Paulista de Supermercados.
Em um ano, o aumento nos preços dos supermercados atingiu 9,77%. Já no acumulado de janeiro a novembro a alta foi de 9,51%. Para comparação, a inflação em 12 meses em novembro de 2014 foi de 7,77% (contra 9,77% neste mesmo período em 2015), e a variação mensal em novembro de 2014 foi de 1,27% (contra 2,20% este ano).
Conforme explicou o gerente de Economia e Pesquisa da APAS, Rodrigo Mariano, a alta mais expressiva de novembro foi verificada nos preços dos Produtos In Natura, que registram aumento de 7,61%, com destaque para os tubérculos (20,46%). Os produtos que tiveram mais alterações foram a cebola (26,81%) e a batata (29,38%).
“Estes itens tendem a sofrer variações diante de um cenário de redução dos preços nos últimos meses, que diminuiu o incentivo ao aumento da área plantada e deve acarretar em uma menor disponibilização da oferta dos produtos, pressionando os preços a subirem”, diz o economista.
Em 12 meses a alta continua expressiva, atingindo 17,53% e, no acumulado de janeiro a novembro, 18%.
Produtos Semielaborados – carnes, leite e cereais tiveram crescimento de 1,46%, impactados, principalmente, pela alta nos preços das carnes suínas (3,67%). O valor foi afetado devido ao maior consumo em detrimento da carne bovina, que sofreu aumento nos últimos meses.
No acumulado do ano as carnes suínas subiram 4,75% e, em 12 meses, 6,66%. Já os preços dos produtos semielaborados no acumulado do ano registraram alta nos preços de 8,93%, e em 12 meses tiveram alta de 9,71%.
Produtos Industrializados – apresentaram alta em novembro e com variação de 1,81%, relacionada ao aumento nos preços de adoçantes (11,93%) e óleos (3,24%).
A maior demanda no mercado interno pela cana-de-açúcar também tem reduzido a oferta do produto, o que pressiona os preços. Aliado a isso, a alta do dólar deixa o açúcar brasileiro mais competitivo para as exportações.
Em relação ao óleo, a alta se deve ao aumento do óleo de soja, que também é impactado pela moeda norte-americana, que torna a soja mais competitiva no mercado internacional, reduzindo a oferta do produto no mercado interno e atingindo os preços de seus derivados, como é o caso do óleo de soja. Em 12 meses o aumento nos preços dos produtos industrializados foi de 8,17%, e, no acumulado de janeiro a novembro, 7,85%.
Bebidas alcoólicas subiram em novembro 2,51%. A alta é registrada no preço da cerveja (2,59%) e do vinho (1,82%) e reflete elevações diante do aumento da carga tributária para algumas bebidas alcoólicas, que impactarão nos preços destes itens. Em 12 meses a alta foi de 9% e, no acumulado de janeiro a novembro, 8,71%.
As bebidas não alcoólicas registram aumento de 0,50% diante das elevações, principalmente, do refrigerante (0,82%) e do suco de frutas (0,61%). Em um ano a alta foi de 9,04% e, no acumulado de janeiro a novembro, o crescimento foi de 9,95%.
Já os produtos de limpeza aumentaram 1,67%, reflexo dos preços do sabão líquido (3,42%) e do desinfetante (3,09%). Em 12 meses, a alta foi de 8,15% e, no acumulado de janeiro a novembro, 8,06%. Os artigos de higiene e beleza apontaram 1,68% de aumento, impactados pela alta nos preços do sabonete (2,62%) e do creme dental (1,73%). Em um ano, a aumento foi de 11,61% e, no acumulado de janeiro a novembro, 11,31%.
Conforme explicou o economista, na avaliação desde a criação do Plano Real em julho de 1994, o IPS/APAS apresenta variação acumulada de 192%; o IPCA/IBGE alta de, aproximadamente, 419,13%; o IPC-FIPE tem aumento de 316,52% e o IPA/FGV tem variação de 589,78%.
“Por mais um mês a diferença entre os indicadores de preços do setor supermercadista no estado de São Paulo aponta desigualdade menor em relação aos demais indicadores, mostrando alta mais moderada no setor. Isso se deve à característica de concorrência, na qual os ganhos de eficiência e produtividade aliados às constantes negociações junto à indústria, possibilitam preços mais competitivos para serem ofertadas aos consumidores”, diz.
Ele avalia que, a partir disso, podemos verificar o papel do setor supermercadista na busca pela manutenção dos preços em patamares estáveis, contribuindo para segurar a inflação no Brasil.
Vale ressaltar que este esforço na manutenção dos preços impacta negativamente as margens, que já são reduzidas, pois os custos e despesas do setor supermercadista vêm sendo constantemente impactados pela inflação elevada e pelos reajustes expressivos dos preços administrados ao longo de 2015.
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