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Exageros do Carnaval podem causar danos à saúde

Consumo excessivo de álcool, desidratação e noites mal dormidas podem causar problemas no estômago, fígado, cérebro, rins e coração

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Os exageros do carnaval, principalmente relacionados ao consumo excessivo de álcool e desgaste do corpo podem contribuir para o aparecimento ou agravamento de doenças relacionadas a diversos órgãos, sobretudo o coração. Segundo Adalberto Menezes Lorga Filho, cardiologista do Instituto de Moléstias Cardiovasculares de São José do Rio Preto (IMC), o fator agravante dessa situação é o consumo de álcool e durante um período longo, são aproximadamente cinco dias ininterruptos ingerindo bebida alcoólica, muitas vezes sem a devida hidratação.

“Álcool em excesso é sempre prejudicial à saúde, podendo trazer danos a vários órgãos dependendo da quantidade ingerida (estômago, fígado, cérebro, rins e coração). Quanto maior a quantidade e mais rapidamente ingerido, maior o risco. Para quem vai beber, as dicas são se alimentar bem antes, evitar excessos, não ter pressa e sempre tomar bastante água”, explica o cardiologista. O especialista alerta que deve-se tomar cuidado com a velocidade que se consome a bebida, pois às vezes, a pessoa parece estar bem, mas ainda existe álcool no estômago que não foi absorvido e logo estará agindo na circulação sanguínea.

“Quanto aos sintomas, os mais frequentes são os clássicos relacionados à embriaguez: tonturas, náuseas, vômitos e indisposição gástrica, entretanto a recomendação é que, caso surja qualquer um desses sintomas, se interrompa a ingestão de álcool, pois o limite certamente já foi ultrapassado. Caso ocorram excessos maiores, sintomas como sudorese fria, calafrios, confusão mental e desmaios podem ocorrer e um serviço médico deve ser procurado imediatamente”, salienta. Um dos riscos em relação ao consumo excessivo de álcool para o coração são as arritmias cardíacas, alterações elétricas que provocam modificações no ritmo das batidas do coração. A desidratação e a intoxicação pelo álcool propicia a ocorrência de arritmias.

“Além do álcool, o uso de drogas ilícitas como cocaína e outras, e até mesmo produtos legais vendidos para diferentes fins (como as “buzinas” em tubos de aerossol) que são inalados propositalmente pelos jovens e adolescentes com o objetivo de se drogarem, podem, já no primeiro uso, provocar consequências extremas, como coma, parada cardíaca e morte. É dever dos pais e responsáveis alerta-los sobre os riscos, muitas vezes desconhecidos”, enfatiza Adalberto. Para quem já possui doença cardíaca a recomendação é seguir as orientações do médico em relação à ingestão de álcool e quanto ao esforço físico permitido.

 

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