Parceria entre escola, aluno e família é o caminho para uma educação de qualidade

Indisciplina, envolvimento dos jovens com álcool e níveis de aprendizagem insatisfatórios estão entre as reclamações mais comuns das famílias e também das escolas. Apesar de não existirem respostas simples, o principal meio para solucionar os problemas de comportamento enfrentados, atualmente, é a criação de vínculos mais profundos entre escola, família e aluno. 

Segundo Marcos Merchan, diretor do Anglo Rio Preto, para formar cidadãos conscientes de seu dever com a sociedade, é necessária a presença constante da família por meio da transmissão de valores. “A busca pela melhor qualidade na formação dos jovens implica na aplicação de modelos pedagógicos bem estruturados e, principalmente, no envolvimento profundo entre todos os envolvidos no processo de ensino”, diz.

Filósofo e pedagogo, Merchan afirma que a educação vive tempos de instabilidades geradas por mudanças de paradigmas e de comportamentos. “No mundo da educação, enfrentamos ‘mares revoltos’. Isso porque, via de regra, a mãe também sai de casa para ajudar a compor o orçamento familiar, deixando a criança sob a tutela de terceiros. Muitas vezes, essa educação fragmentada e a falta de contato cotidiano profundo com o ambiente familiar contribuem para formar um indivíduo sem as estruturas adequadas”, ressalta.

É imprescindível que escola, aluno e família se unam e vivenciem um verdadeiro pacto pela educação de qualidade “Sobre os aspectos negativos, somos tentados a reclamar dizendo ‘se correr o bicho pega, se ficar, o bicho come’. O filósofo, educador, teólogo e escritor Mário Sérgio Cortella propõe uma terceira via: ‘se nos juntarmos, o bicho foge’. Penso que essa seja a principal meta da educação nos dias atuais”, afirma.