Polícia procura na internet um novo lar para Pitó

O dia 3 deste mês era para ser comum no Grupamento Aéreo de Rio Preto. Chovia forte e a tripulação do helicóptero Águia estava em alerta. Os veículos transitavam acelerados pela avenida Clóvis Oger, próxima a base do grupamento aéreo. Em meio a este cenário, um tanto quanto corriqueiro pelas pancadas de chuvas nos últimos dias, o tenente Leonardo Carbonari Fernandes viu um cachorro perdido, assustado e “tentando desviar” dos veículos, com risco de ser atropelado. O policial militar não pensou duas vezes em acolher o vira-lata na base aérea. De cara, o animal foi batizado com o nome “Pitó” e foi criada uma página no Facebook para quem quiser adotar o animal. “Pitó estava com um pedaço de corda amarrado ao pescoço. Acreditamos que ele possa ter fugido de alguma casa, durante as queimas de fogos no final do ano”, conta o tenente Fábio Mattos Ragazzi. 

No dia seguinte, Pitó foi levado ao pet shop e também a uma clínica veterinária. “O animal foi diagnosticado com a doença do carrapato. Assim que encerrar esse tratamento vamos aplicar todas as vacinas e castrá-lo” afirma a veterinária Camila Carneiro Fontes.A profissional afirma ainda que o animal deve ter no máximo um ano. “Ele [Pitó] é bastante brincalhão. É saudável e dócil. Ao primeiro contato, ele tem certo receio e fica um pouco amedrontado, mas isso é pelo fato ter ficado um tempo na rua, mas nada que um pouco de amor e carinho não resolvam” afirma Camila. 

O tenente Ragazzi afirma que o Pitó não pode ficar na base área de Rio Preto. “É até comum alguns batalhões adotarem cães de rua. Mas a nossa situação não permite porque estamos em uma área aeroportuária”, explica ele. 

Na semana passada, segundo o tenente, um cachorro invadiu a pista do aeroporto de Congonhas, em São Paulo, e provocou o fechamento do local, que é um dos principais do país. As operações de pousos e decolagens foram suspensas às 18h15 e só foram retomadas 20 minutos depois, quando o animal foi finalmente recolhido por funcionários da administradora do aeroporto. 
Tanto a veterinária Camila, quanto o Tenente Ragazzi, têm a mesma opinião: Pitó precisa de um novo lar. “O cão merece bastante carinho e um lar” afirma Camila. O tenente ressalta que, apesar da atenção e alimentação na base, o animal precisa de um espaço maior para viver.

Na internet
Quem quer ajudar na busca de um novo lar para o Pitó foi criado uma página no Facebook, “Adote o Pitó”, onde há vários registros fotográficos que podem ser compartilhados. Caso alguém tenha interesse em adotar o animal, pode entrar em contato pela página na internet, pelo e-mail [email protected] ou pelos telefones (17) 3227-1810 e (17) 98197-8807.