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Dicas para organizar o orçamento doméstico

Advogado especialista em direitos do consumidor e consultor financeiro orienta como os consumidores podem sair do endividamento

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Com a alta da inflação e do desemprego o número de brasileiros endividados em 2016 já apresenta elevação. De acordo com a pesquisa realizada pela Serasa Experian, o ano começou com 59 milhões de pessoas inadimplentes, um número bem maior se comparado com o início do ano anterior. De acordo com os dados, o total das dívidas das pessoas com inadimplência chega a R$ 255 bilhões. Trata-se de um valor enorme, tendo em vista que são recursos que movimentam a economia do País.

Para o advogado especialista em direitos do consumidor e consultor financeiro, Dori Boucault, os três primeiros meses do ano são os mais difíceis para os brasileiros, pois são os meses com mais acúmulo de contas. Segundo o especialista, para quem quer reorganizar o orçamento doméstico é preciso fazer um cálculo total das dívidas.  Este é um dos grandes erros das famílias, não fazer o levantamento de todos os gastos da casa: “A primeira coisa a fazer quando se está endividado é saber a quantia líquida recebida com os descontos da folha de pagamento e o valor total dívida. Só assim o consumidor saberá quanto em dinheiro está entrando e quanto está saindo de casa”, observa Boucault.

Outra medida, não menos importante, para quem deseja controlar os gastos e o fluxo do que entra e sai financeiramente, é cortar os gastos desnecessários. O corte em despesas sem utilidade ajuda as famílias a reorganizar as finanças e sair da inadimplência. “Alguns gastos supérfluos precisam ser cortados para equilibrar o orçamento. Despesas com academia, curso de inglês, jantares e idas ao cinema, por exemplo, podem ser cortados e adiados para quando a família estiver bem e com a vida financeira novamente em dia”, orienta Boucault.

Para quem precisa pagar contas altas com o cartão de crédito, o especialista afirma que o crédito consignado pode ser uma boa opção para liquidar de vez a dívida. “O rotativo do cartão tem os juros mais altos, com o consignado, que possui juros menores, é possível saldar toda a dívida maior e assumir uma menor”, destaca o advogado.

Ter foco e consciência antes de comprar também pode ajudar a sair da situação difícil. O advogado orienta a fazer um questionamento antes de fazer qualquer compra.“Se pergunte se você realmente precisa daquele item naquele momento ou se pode ser adiado. Lembre-se que você tem outras dívidas como aluguel, água e luz. Separe o seu salário em três partes: dívidas fixas, variáveis e emergenciais e lembre-se sempre de se controlar para não gastar além do que pode”, finaliza Dori Boucault.

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