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Preço da energia atrai empresários para mercado livre

Pequenas, médias e grandes empresas encontraram na migração do mercado regulado para o livre a solução para reduzir sua conta de energia, manter a produção e aumentar os lucros

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Em meio à turbulência financeira, empresários buscam cada vez mais uma fórmula para reduzir custos de produção e, ao mesmo tempo, manter a qualidade do produto ou serviço oferecido. Para isso, nem sempre é preciso desligar máquinas ou dispensar funcionários. Pequenas, médias e grandes empresas encontraram na migração do mercado regulado de energia elétrica (atendido pelas distribuidoras) para o mercado livre de energia (atendido por geradores e comercializadores de energia) a solução para reduzir sua conta de energia, manter a produção e aumentar os lucros.

O engenheiro eletricista Fabio Berretta, diretor da Rio Preto Energia, afirma que a energia no mercado livre é, em média, 30% mais barata do que a adquirida no mercado regulado.  “Isso acontece porque, no mercado livre, a energia elétrica é adquirida a partir de contratos mais longos, normalmente de cinco anos. Esses contratos de longo prazo são feitos com o objetivo de proteger os consumidores de eventuais flutuações da energia que, no caso do Brasil, são muito influenciadas por questões climáticas”, afirma.

Pelos cálculos da Associação Brasileira dos Comercializadores de Energia Elétrica (Abraceel), há no País em torno de 14 mil consumidores que preenchem requisitos que os capacitam para migrar de mercado. “É necessário ressaltar que o mercado livre de energia não é aberto a clientes residenciais. Para acessá-lo, é necessária demanda igual ou superior a 500 kW, o que equivale, por exemplo, à potência de 100 chuveiros elétricos de 5.500W”, explica.

Após seis meses de análises e medições, em setembro do ano passado, Jefferson Lozargo, diretor comercial da Cerviflan, empresa especializada na fabricação de latas de aço, optou por entrar no mercado livre de energia. “Nesses primeiros meses já foi possível observar redução de 25% na conta de luz. Nos próximos cinco anos, estimamos economia de R$ 3 milhões. Vale a pena investir no mercado livre”, afirma.

Segundo Berretta, a migração para o mercado livre é um processo complexo que necessita ser acompanhado por especialistas. “Antes de trocar de fornecedor de energia, é preciso um amplo estudo para saber a viabilidade do negócio. Além disso, é necessário também checar as questões contratuais com a distribuidora e avisar com antecedência a saída do mercado regulado. Esse é um assunto delicado, pois o consumidor livre que quiser voltar para o mercado regulado só pode fazer isso cinco anos após a migração”, explica.

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