Cidades
Série de assaltos assusta taxistas de Rio Preto
Três profissionais foram assaltados por criminosos, fingindo ser passageiros, em menos de sete dias. Em todos os casos a vítima foi ameaçada com uma faca de cozinha
Os taxistas de Rio Preto estão assustados após uma série de assaltos registrada na última semana. Foram três crimes deste tipo registrados em menos de sete dias, sendo dois em um intervalo inferior a 24 horas. Em todos os casos a vítima foi ameaçada com uma faca de cozinha.
O crime mais recente foi registrado na madrugada de quinta-feira (dia 25). Um taxista foi assaltado no bairro Boa Vista durante uma corrida. De acordo com informações da polícia, o taxista C.J.S., 56 anos, estava em um ponto de táxi próximo a antiga estação ferroviária, quando foi contratado por um homem para fazer uma corrida até as proximidades de um supermercado no Boa Vista.
Durante o trajeto, o assaltante, armado com uma faca, anunciou o assalto e obrigou a vítima a entregar todos seus pertences. Em seguida, o taxista teve de descer do carro e o assaltante fugiu com o veículo. Além do carro, o criminoso levou um aparelho GPS, dois celulares, carteira com documentos e R$ 530 em dinheiro. Logo em seguida, a Polícia Militar de Rio Preto localizou o carro do taxista em estado de abandono no bairro João Paulo 2º. O veículo foi devolvido ao proprietário. Este é o terceiro caso registrado contra um taxista rio-pretense e as ações são bastante semelhantes. Durante o trajeto, o assaltante, armado sempre com uma faca, anuncia o assalto e após roubar os pertences foge com o veículo da vítima.
O sentimento de insegurança é algo que vem incomodando os profissionais que atuam nesta área. O taxista D.J.O, que pediu para não ser identificado, afirma que está no mercado há mais de 50 anos e nunca foi assaltado. Mas, segundo ele, é “pura sorte”. O profissional acredita que a onda de assaltos pode estar ligada à usuários de drogas. “Todos os dias antes de sair de casa peço proteção divina para que nenhum mal me aconteça. Acredito que o aumento da violência e assaltos, não só contra os taxistas, mas em geral, é consequência do consumo de drogas. A maioria dos ladrões é usuários de entorpecentes, que querem dinheiro para sustentar o vício. Nunca fui vítima de assalto, mas acredito que seja muita sorte. Conheço vários amigos que já foram roubados. Estamos todos assustados”, afirmou ele.
Outro taxista que aceitou conversar com a reportagem da Gazeta de Rio Preto, desde que não fosse identificado, relata a tensão em cada corrida em que é contratado por um desconhecido. “Estou há dois anos na área e nunca tive problemas. Mas confesso ficar apreensivo sempre que um desconhecido embarca. Os motoristas devem ficar bastante atentos e prestar atenção de forma discreta nos atos do passageiro. No primeiro sinal de algo suspeito prefiro perder a corrida do que pôr em risco minha vida. Afinal, não tem dinheiro no mundo que pague o valor de minha vida”. A Polícia Civil de Rio Preto investiga se há ligações entre os três casos
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