Bebê de um ano e nove meses é internado em estado gravíssimo depois de possível agressão em Cajobí

A Polícia Civil investigará o caso de uma bebê de um ano e nove meses que está internado em estado gravissímo, após ser vítima de maus-tratos, no último domingo (dia 3) em Cajobí. A criança apresenta lesões e fraturas e respira com ajuda de aparelhos no Hospital da Criança e Maternidade (HCM). O principal suspeito seria o padrasto que estaria detido.

As autoridades policiais só tomaram conhecimento dos fatos na manhã desta terça-feira (dia 5), quando a advogada Daiane Luizetti, procurou a Central de Flagrantes, em Rio Preto, e registrou a ocorrência.

Segundo a advogada, ela movia junto ao pai M.A.R.P., 35 anos, uma ação para conseguir a guarda da bebê, que está internada, e de outra criança de cinco anos, que o homem teve com P.A.A., 29 anos. Ambos foram gerados durante um relaciomamento do casal que durou aproximadamente dez anos. 

A custódia das crianças estava com a mãe, desde fevereiro deste ano. Atualmente ela mora em Cajobi com outro companheiro. Enquanto o pai vive em Guapiaçu.

Na noite de domingo, ainda não se sabe ao certo que aconteceu, a bebê foi levada em estado grave ao Pronto Socorro de Cajobi. Devido à gravidade do quadro clínico, ela foi transferida para Santa Casa de Olímpia e posteriormente encaminhada ao HCM, onde teria dado entrada com morte cerebral, segundo a advogada.

Procurado pela reportagem, a assessoria de imprensa limitou-se a dizer que a criança estava sim internada naquele hospital, em estado gravíssimo, mas não confirmava a morte cerebral. No boletim de ocorrência, consta que a criança apresentava hematomas pelo corpo, além de trauma na coluna vertebral e uma costela quebrada.

A advogada disse que o pai só soube do ocorrido quando a criança já estava no HCM na madrugada de segunda-feira (4). “Quem entrou em contato com o ele foi uma conselheira tutelar de Cajobí. Ela relatou todo o ocorrido e explicou que a bebê apresentava sinais de maus tratos, sendo necessária a transferência dela para Rio Preto devido à gravidade de seu estado” explicou Luizetti.

O suspeito da agressão seria o padrasto, C.A.M., que estaria detido. “Ele foi apreendido em Cajobi e transferido para cadeia Barretos, onde está à disposição da justiça” afirma Luizetti.

Segundo consta no boletim de ocorrência, a mãe das crianças trabalharia em Guapiaçu no período entre 13h às 1h da manhã. As crianças ficaram na escolinha até às 17h, quando o padrasto as buscava e cuidava delas até a chegada da mãe. No dia que a criança foi internada, o padrasto teria se limitado a dizer que ela havia caído.