Cidades
Internautas repercutem reportagem de favela e questionam Valdomiro
Assunto foi um dos mais comentados nas redes sociais da Gazeta de Rio Preto após reportagem revelar que quintuplicou o número de famílias na favela rio-pretense

A reportagem exclusiva “Número de famílias em favela de Rio Preto quintuplica em um ano”, publicada na edição passada da Gazeta de Rio Preto, vem movimentando as redes sociais. Muitos dos internautas questionaram o prefeito Valdomiro Lopes (PSB) sobre o assunto. “Esse é o governo Valdomiro, construiu pontes, encheu a cidade de concreto e esqueceu o principal das famílias. Detalhe ele e a presidente [afastada por 180 dias nesta quinta-feira (dia 12) pela Senado] fizeram dois residenciais sem infraestrutura nenhuma, sem escola, creche e postos de saúde”, postou Eduardo de Paula nos comentários da reportagem no Facebook.
Outro internauta ironizou dando “parabéns” ao prefeito de Rio Preto pelo crescimento da “Favela do Santa Catarina” e teve quem colocou a culpa no Partido dos Trabalhadores (PT) e até na crise econômica e política no Brasil. Um dos comentários que chama a atenção é de um internauta que postou que Manoel Antunes, ex-prefeito de Rio Preto, deixou a administração municipal “em 1996 sem uma única favela. Fez os bairros Solo Sagrado, João Paulo II, dentre outros. Vieram seus sucessores e abandonaram o lado social”, consta em um dos trechos do comentário.
Outro ex-prefeito de Rio Preto que se posicionou sobre o assunto, após a veiculação da reportagem, foi Liberato Caboclo. “Um dos maiores orgulhos da minha vida foi deixar Rio Preto sem uma só favela. A única área que não tive condições de assentar, e que o Edinho assentou, foi o Gonzaga. Sem nenhum apoio do Governo estadual”, postou em sua página no Facebook.
A reportagem da Gazeta contou o crescimento da favela que saltou de 10 famílias, em maio do ano passado, para 50 no mesmo mês deste ano. O terreno ocupado é particular e fica ao lado do loteamento Santa Catarina, na região do Parque Industrial, com pelo menos 150 moradores. As condições são precárias e insalubres. A maioria das famílias são de outras regiões e vieram para o interior do Estado de São Paulo em busca de emprego e melhor qualidade de vida. Entretanto, encontram imóveis com aluguéis caros e escalada do desemprego e da inflação. A dona de casa Maristele Ares Sonaque, de 30 anos, que veio do Mato Grosso do Sul, com o marido e os filhos, foi uma das personagens da reportagem. “Não queríamos estar aqui, mas não temos escolha”, afirma ela.
Ação de reintegração de posse na Justiça
O terreno onde surgiu a favela é de propriedade particular e os proprietários do terreno movem uma ação de reintegração de posse na Justiça. Segundo a assessoria de imprensa da Prefeitura, as famílias que moram no local estão cadastradas e podem participar de programas de moradias, desde que sigam as regras, como por exemplo ser morador da cidade a pelo menos três anos. A Secretaria Municipal de Assistência Social afirma ainda que há dois anos vem realizando visitas às famílias daquele local, ofertando uma gama de serviços.
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