Cidades
Chuvas causam estragos e prejuízos em Rio Preto
Temporal que atingiu a cidade na tarde de quarta-feira travou o trânsito, arrancou árvores e teve até operários feridos com desabamento de parte de um barracão no Distrito Industrial. A previsão é de mais chuva no final de semana

A chuva não dá trégua em Rio Preto e com isso aumenta os estragos e os prejuízos amargados, principalmente, pelos comerciantes. Desde a tarde de quarta-feira (dia 1) até o fechamento desta edição, o município tinha registrado várias pancadas de chuvas e ventanias de 33 km/h, com rajadas de até 70 km. Tanto durante o dia quanto à noite. De acordo com o site Clima Tempo, nesta sexta-feira (dia 3) a previsão é de mais chuvas e as temperaturas devem ficar entre 18 a 24°C.
O trânsito ficou congestionado em vários pontos e até nas rodovias por causa do temporal na quarta-feira. Em poucos minutos, árvores caíram e murros foram derrubados com a força dos ventos. Em uma das ocorrências mais grave registrada pelo Corpo de Bombeiros de Rio Preto, dois operários ficaram feriados com o desabamento de parte de um barracão no Distrito Industrial. Na hora do acidente, quatro pessoas trabalhavam na construção. Dois pedreiros feridos, um de 17 e outro de 25 anos, estavam sobre um andaime quando foram derrubados pelo forte vento na tarde de quarta-feira (dia 1º). Como parte da parede desmoronou, os dois trabalhadores caíram de uma altura de aproximadamente 11 metros. Ambos foram socorridos e encaminhados ao Hospital de Base (HB).
Várias árvores caíram ao longo da avenida Philadelpho Gouveia Manoel. Próximo ao Ambulatório de Especialidades (ARE), um poste de energia caiu sobre a via e causou transtornos aos motoristas que passavam pelo local porque o trânsito da avenida Alberto Andaló teve que ser desviado para a avenida Duque de Caixas, em direção à avenida Murchid Homsi.
A administradora Rosangela Moreno, de 50 anos, foi uma entre centenas de motoristas que ficaram presos no trânsito lento. “Em decorrência do desvio, o trânsito ficou caótico e muito lento, pois junto o fluxo de três avenidas em uma só e no horário de pico. Levei uma hora e meia para chegar em casa, quando em dias normais faço o percurso em menos de 30 minutos”, disse ela. O vendedor Victor Higo Gonçalves de Oliveira, 30 anos, transitava pela avenida Philadelpho, no sentido centro-bairro quando o forte vento derrubou uma árvore sobre seu carro. O motorista escapou sem ferimentos. “Foi tudo muito rápido. De repente vi a árvore caindo. Ainda consegui jogar o carro para o lado da calçada. Mas ouvi aquele forte barulho e senti uma pancada na cabeça. De imediato algumas pessoas vieram me ajudar e graças a Deus, tudo não passou de um susto”.
Atendimento comprometido
A Estação de Tratamento de Água (ETA) ficou sem energia por quase 19 horas seguidas. O reflexo deste problema foi sentido na torneira de quase 120 mil pessoas. Devido à falta de eletricidade, as bombas da estação deixaram de funcionar interrompendo o tratamento e a distribuição de água para os bairros Alto Alegre, Boa Vista, Vila Maceno, Vila Diniz, Jardim Urano e Redentora. No final da tarde de quinta-feira (dia 2), quase todos os setores afetados já estavam com abastecimento normalizado.
A queda de energia também afetou comerciantes do bairro Boa Vista que relatam a falta de energia por mais de quatro horas, como explica Cleunice Aparecida Bezerra, de 40 anos, funcionária de uma panificadora. “Não chegou a queimar nenhum aparelho nosso, mas ficamos com o atendimento prejudicado. Pois entre às 16h até às 19h é um dos horários em que mais vendemos pães. Como nossos fornos são elétricos, não pudemos atender a demanda. Aparecida também explica que as baixas temperaturas contribuíram para que não houvesse prejuízos maiores. Thiago Echiavetto, de 35 anos, que é dono de uma loja de cosméticos precisou fechar o estabelecimento duas horas mais cedo porque o sistema estava fora do ar.
Medidas
O promotor de justiça Sérgio Clementino explica que a pessoa que tiver qualquer prejuízo ligado à rede de energia deve entrar em contato com a concessionária que administra a região. No caso de Rio Preto é a Companhia Paulista de Força e Luz (CPFL), que tem serviço especializado de indenização por danos elétricos. No caso de queda de árvores sobre carros, o promotor explica que a ação deverá ser movida contra a prefeitura. “É necessário mover uma ação na justiça contra o órgão público. O proprietário do veículo atingido deve juntar provas para comprar o acidente e pedir o ressarcimento”. Em casos de danos causados por chuvas de granizo nada pode ser feito por se tratar de fenômeno da natureza.
- Política2 dias
Prefeito cria recesso de final de ano em decreto
- Cidades2 dias
Polícia Militar recebe denúncia e prende traficante ‘delivery’ em Rio Preto
- Cidades2 dias
Palitos de fósforo são encontrados perto de carro que pegou fogo em Rio Preto
- Cidades2 dias
Homem é detido por populares e agredido logo após cometer furto