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Dengue e zika vírus avançam em Rio Preto

Em 15 dias, a cidade registrou mais 1.618 casos de dengue, o que totaliza 9.778 confirmações e uma morte da doença neste ano. Secretaria Municipal de Saúde confirmou também mais 36 casos de zika vírus

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Os casos de dengue e zika vírus, doenças transmitidas pelo Aedes Aegypti – mosquito que também transmite a febre chikungunya – não param de crescer em Rio Preto. Segundo o último boletim epidemiológico divulgado pela Secretaria de Saúde de Rio Preto, por meio do site da Prefeitura, só nos últimos 15 dias foram registrados mais 1.618 casos, saltando de 9.778 contaminados para 11.396 neste ano. Isso sem contar que o número de infectados pode ser ainda maior porque outros 4.284 casos seguem em investigação. Rio Preto registrou uma morte por dengue em março.

Diagnosticar a dengue com rapidez é uma das chaves para combater a doença com maior eficácia. O primeiro passo para isso é conhecer como a infecção se manifesta. Se os sintomas forem reconhecidos, é fundamental procurar um médico o mais rápido possível. Em geral, a doença tem evolução rápida. Os sintomas mais comuns são: febre, dor nos olhos, manchas avermelhadas na pele, náuseas, vômitos, moleza, cansaço e fortes dores de cabeça. A Prefeitura de Rio Preto tem realizado várias ações para conter o Aedes. Entre elas, palestras, mutirões e campanhas de conscientização. Outras duas doenças que são monitoradas pela pasta, a febre chikungunya e a gripe suína, não registraram nenhum novo caso em Rio Preto.

 

Sobre o zika

O zika vírus também avançou em Rio Preto nos últimos 15 dias, com o registro de mais 36 casos. De janeiro até agora, o município registrou 220 casos de zika no município, sendo 49 casos em grávidas. Dessas mulheres, 19 deram à luz e todas as crianças estão em acompanhamento com pediatras, sem nenhuma anormalidade até o momento e o restante na população em geral.

De acordo com o ginecologista Corintio Marian Neto a maior preocupação com relação à infecção por zika vírus é a microcefalia fetal. “Estudos comprovaram a possibilidade do Zika causar não só microcefalia, como outras alterações neurológicas no bebê, identificáveis ou não no exame de ultrassom. Por isso, hoje se fala em síndrome neurológica associada ao vírus Zika”, afirma ele.

De acordo com o ginecologista, até o momento, a maior parte dos casos de microcefalia suspeitos de terem sido causados pelo Zika não foram confirmados. Para se ter uma ideia, neste ano de 2016, de 384 casos de microcefalia notificados, apenas um foi confirmado com amostra positiva para o vírus; outros sete foram associados a outras infecções; em 165 foi descartada relação com qualquer tipo de infecção congênita e 211 continuam em investigação. A microcefalia é um defeito no desenvolvimento do cérebro do bebê, que não atinge o tamanho mínimo normal e que provoca sérios problemas neurológicos na criança. Existem inúmeras causas, além da infecção pelo Zika, como problemas cromossômicos, defeitos no desenvolvimento cerebral (chamados de defeitos de neurulação), intoxicações, problemas vasculares, entre outras. O diagnóstico é feito pela medida da circunferência cefálica abaixo de dois desvios-padrão para a idade gestacional em que é feito o exame.

Ainda não existe vacina para o vírus Zika. “O grande inimigo que deve ser evitado e combatido é o mosquito Aedes aegypti. Sem ele, não haveria transmissão do vírus. Assim, a prevenção começa com o uso de calças compridas e blusas ou camisas de mangas compridas; uso de repelentes apropriados para a gestação, vedação apropriada de janelas, especialmente para quem mora em andar térreo, evitar locais que sabidamente apresentam maior ocorrência do mosquito e, principalmente, combater qualquer foco de procriação do mosquito (água parada)”, afirma o ginecologista que faz parte do time de palestrantes da 17 edição da Jornada de Obstetrícia e Ginecologia da SOGESP – Regional São José do Rio Preto – Simpósio de Enfermagem Obstétrica edição 2016 realizada na Sociedade de Medicina de Rio Preto, que segue até sábado (dia 18). O evento, presidido pelo ginecologista e obstetra José Luis Esteves Francisco, reúne nomes importantes da área. A jornada é uma oportunidade de atualização científica, defesa profissional e troca de experiências com renomados professores e profissionais de excelência da Ginecologia e Obstetrícia atual.

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