Estelionatárias em fuga matam idoso e atropelam dois em Rio Preto

*** Nota atualizada 18h30 ***

Lázaro dos Santos, de 69 anos, morreu atropelado durante uma perseguição na tarde desta quarta-feira (dia 8), no Calçadão de Rio Preto. Duas mulheres que estavam em um Toyota Corolla, com placas de Araraquara/SP, tentaram aplicar o golpe do bilhete premiado na aposentada Jandira Machado Cajuela, de 65 anos, na saída do supermercado.

De acordo com informações da Polícia Militar, no golpe, a dupla de estelionatárias dizia que tinha em mãos um bilhete de loteria premiado, mas que não teria condições de resgatar o dinheiro. Elas pediram então para a idosa trocar o bilhete premiado por joias. As estelionatárias foram até a casa de Jandira para buscar os objetos. Após isso, as golpistas e a idosa seguiram para a área central para resgatar o valor. A neta da idosa, Jaqueline Silva Martins, de 20 anos, desconfiou da história e começou a seguir o Corolla. Jaqueline estava com uma prima no carro. As duas seguiram o Corolla por cerca de 20 minutos.

O Corolla entrou em alta velocidade no Calçadão e atropelou Lázaro, que não resistiu aos ferimentos causados pelo impacto da batida. O carro continuou a fuga em direção à avenida Philadelpho Gouveia Netto, onde provocou mais um acidente. Desta vez as vítimas atropeladas, que estavam em uma motocicleta, foram Juliana Pereira, de 32 anos, e Elisana Santos, de 49 anos. A Gazeta de Rio Preto apurou que Elisana foi socorrida em estado grave para o Hospital de Base de Rio Preto.

Após este segundo acidente, a fuga continuou e a idosa foi jogada do carro ainda em movimento na rua Primeiro Mestre, que foi socorrida e também encaminhada ao Hospital de Base. O Corolla foi encontrado abandonado no cruzamento das ruas Belmonte com a rua Santa Catarina, em Rio Preto.

Carro furtado

O carro utilizado pela dupla de golpistas teria sido furtado entre o final da tarde de terça-feira (dia 7) e a madrugada desta quarta-feira (dia 8), em Rio Claro. O proprietário, que pediu para não ser identificado, disse que o veículo estava estacionado em frente ao escritório.

“Este veículo é usado pela minha mãe, mas como ela precisou ser internada em São Carlos, levei o carro até meu escritório em Rio Claro e o deixei estacionado na rua porque a garagem lá é pequena. Ontem fui para casa às 18h e o carro estava estacionado normalmente. Hoje (dia 8) recebi uma ligação da Polícia Militar de Rio Preto dizendo que o carro tinha sido usado em uma ação delituosa. Pensei que fosse engano ou talvez uma possível placa clonada. Pedi para meu sócio ir até o escritório e ele confirmou que o veículo não estava lá”, disse.