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DIG prende terceiro suspeito de participar da morte de delegado

O terceiro acusado foi detido na noite desta terça-feira (dia 5) em Rio Preto. O suspeito, que não tinha ficha criminal, será indiciado como co-autor da morte do delegado Guerino Solfa Neto, morto no último dia 25

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Policiais da Delegacia de Investigações Gerais (DIG) apreenderam na noite desta terça-feira (dia 5) um terceiro suspeito de participar do latrocínio delegado de polícia Guerino Solfa Neto. O acusado foi indiciado como co-autor do crime.

Os investigadores chegaram até o suspeito Elias Fernandes do Nascimento, 18 anos, após ouvirem depoimento de duas pessoas próximas a Abner Saulo Oliveira Calixto, como explica o delegado da DIG  José Augusto Fernandes, que cuida do caso.

“O nome do terceiro elemento veio a tona, pois ainda tínhamos dúvidas ao fato que jamais o Abner e o Rodrigo poderiam ter andando toda a distância que eles falaram em depoimento. O malandro que quer praticar um crime, jamais vai andar de ônibus. O Abner já tinha outros crimes de roubo a carro e sempre contava com um cavalo (pessoa que ajuda na fuga do assaltante). A partir deste detalhe iniciamos a investigação e chegamos no acusado detido” explica.

Durante o cruzamento de informações, policiais descobriram que Elias namorava com a filha de uma mulher que tinha relacionamento amoroso com Abner. “No dia que ele (Abner) foi beneficiado com a saidinha, quem o busco os detentos na porta do CPP, foi o próprio Elias” conta Fernandes.

No dia da morte do delegado Guerino, Elias iria apenas dar carona aos dois autores do crime até o terminal rodoviário. “No seu depoimento, Elias nos contou que estava dando uma volta pela praça de Ipiguá e viu o Abner e o Rodrigo. Ambos pediram carona até a rodoviária de Rio Preto para seguirem até São Paulo. Durante este trajeto, eles cruzaram com a caminhonete do Guerino estacionada as margens da BR-153, e neste momento o Abner teria dito que iria roubar a caminhonete” explica o delegado.

Segundo relato do Elias, ao avistarem a caminhonete parada o Abner e Rodrigo decidiram roubá-la para seguirem até São Paulo. “O Abner mandou eu parar próximo a caminhonete e ele junto com o Rodrigo, foi em direção a porta do motorista, não cheguei a ver alguma luta corporal, ou como foi a abordagem. Passado 15 minutos o Abner assumiu o volante da caminhonete e pediu para eu ir na frente. Estávamos seguindo sentido Rio Preto, quando o Abner baixou o vidro e disse que era para eu mostrar a saída sentido São Paulo. Acompanhei eles até o trevo da BR com a Washington Luís” conta o acusado.

Para o delegado, a versão contata por Elias é verídica. “Acreditamos que ele não presenciou a morte do Guerino e também não participou da abordagem. Mas ele será indiciado como co-autor do latrocínio. Por que ele poderia ter comunicado a Polícia Militar sobre o roubo e ter impedido o desfecho trágico. Ele também teve outra chance de cooperar depois do crime informando que os assaltantes eram o Abner e o Rodrigo. Mas ele preferiu se omitir, alegando ter medo de represarias. Mas se ele tem medo deste tipo de pessoa, por que ele buscou os dois no CPP” afirma o delegado.

Elias, até ser detido nesta terça-feira não tinha nenhuma passagem criminal e trabalhava em uma oficina mecânica. Segundo o delegado, o rapaz afirma estar arrependido. “Ele mesmo disse, fui levado a este maldito caminho. Infelizmente. Ele demonstrou bastante arrependimento de ter participado, não diretamente, mas sim da forma como agiu. Na minha opinião, salvo melhor juízo, tenho certeza que ele tem culpa neste fato” conclui o delegado.

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