Cidades
DDM vai investigar denúncia de assédio em carro de Uber
A vítima alega que o motorista teria tocado em sua perna e tentado beijá-la ao fim de uma corrida
A Delegacia de Defesa da Mulher (DDM) irá investigar uma denúncia feita por uma jovem contra um motorista do Uber, em Rio Preto. A vítima afirma que, durante uma corrida na tarde de quarta-feira, dia 8, o homem teria tocado na perna dela e tentado beijá-la a força ao final da corrida na área central. O caso foi registrado como violência sexual mediante fraude.
A negociadora jurídica Jaqueline Cristina da Silva Miranda, 27 anos, conta que, após embarcar no veículo, o motorista do Uberse mostrou evasivo em algumas perguntas. “Ele[motorista] fez uma rota diferente e durante o percurso, sem liberdade, começou a me perguntar se eu era solteira, se tinha planos para aquela noite e que eu era bonita. A situação estava tão desagradável, que eu fingir estar falando ao celular com minha mãe”, conta.
Quando finalizou a corrida, o motorista viu que a corrida tinha totalizado R$5,75, porém a jovem tinha crédito referente a outra corrida. “Quando ele viu que a corrida tinha ficado R$0,75, ele se virou e disse que a corrida tinha ficado barato demais e eu teria de pagar com beijos. Neste momento, ele tocou em minha perna com uma das mãos e levou a outra até minha nuca. Em seguida me puxou para me beijar”, afirma.
Assustada, a jovem contou que empurrou o motorista e desceu rapidamente do carro. “Já fora do veículo o chamei de tarado. Estava transtornada e totalmente desnorteada. Foi quando um mototaxista me parou e perguntou se estava tudo bem. Contei tudo que tinha acontecido. Ele pediu para eu chamar a Polícia e também a Guarda Municipal”.
Agentes da GCM encaminharam a negociadora jurídica até a Delegacia de Defesa da Mulher (DDM), onde a ocorrência foi registrada. “A jovem relatou que o motorista teria lhe assediado de forma constrangedora. A partir de agora será instaurado um inquérito policial para investigar a denúncia”, afirma a delegada responsável pelo caso, Margarete Franco. Ainda segundo a delegada, mesmo sem ser convocado, o motorista já procurou a DDM por livre espontânea vontade. “O suposto autor se apresentou voluntariamente para a oitiva, mesmo sem ser intimado. Porém, pedimos para ele aguardar, pois queremos ouvir primeiro à versão integral da parte ofendida para depois até questioná-lo em pontos duvidosos”. Ainda segundo a Margarete, o crime foi tipificado no primeiro registro, a princípio, como violação sexual mediante fraude. A pena é de dois a seis anos de prisão.
Motorista já foi banido da plataforma
Por meio de nota, a empresa Uberinformou que “este tipo de comportamento não é tolerado e o motorista já foi banido da plataforma. A Uber se coloca à disposição para colaborar com autoridades no curso das investigações. Vale lembrar que nenhuma viagem na Uber é anônima e este tipo de comportamento, se confirmado, leva ao imediato desligamento da plataforma. Acreditamos na importância de combater, coibir e denunciar casos de assédio e violência contra a mulher”, consta na nota.
A reportagem da Gazeta entrou em contato com o motorista. Ele pediu para retornar a ligação em 30 minutos. Após esse período, não atendeu mais as ligações.
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