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Rio Preto ganha programa de apadrinhamento afetivo

Lançamento da iniciativa com foco em crianças e adolescentes atendidos pelos programas sociais foi na manhã de quinta-feira, dia 23

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O Programa “Apadrinhamento Afetivo” foi lançado nesta quinta-feira, dia 23, em Rio Preto, por meio de uma parceria entre a Prefeitura e a Vara da Infância e da Juventude. A iniciativa pretende desenvolver ações que possibilitem e estimulem a construção e manutenção de vínculos afetivos entre crianças e adolescentes acolhidos em programas sociais do município. Segundo o promotor André Luís de Souza, um dos principais objetivos do programa é que a criança ou adolescente tenha a possibilidade de conhecer como funciona o convívio familiar, vivenciando situações cotidianas. “Eles poderão por meio do apadrinhamento afetivo conhecer o que é um lar, a amizade, o trabalho, tudo que não tiveram condições de conhecer em suas famílias de origem. Apresentar momentos de lazer, até mesmo respaldos, para que esta criança ou adolescente possam fazer o bem no futuro”, afirma.

O juiz da Vara da Infância e Juventude de Rio Preto, Evandro Pelarin, conta que atualmente, pelo menos 30 crianças e adolescentes não têm condições de serem adotados. “Eles estão acolhidos no projeto Teia ou no Só Por Hoje, e é fundamental que tenham uma convivência comunitária maior. São crianças acima dos oito anos e adolescentes com idade avançada, com chances remotas de adoção. Inclusive algumas delas também não querem ser adotados devido aos traumas que passaram no passado”, afirma.

Os padrinhos podem visitar os afilhados regularmente nas instituições de acolhimento, acompanhá-los em eventos e atividades, realizar passeios ou, ainda, levá-los para dormir em casa. O padrinho se torna uma referência para o jovem quando atinge a maioridade.

“Apadrinhar afetivamente uma criança é permitir que ela passe algum tempo com uma família, por alguns períodos, sem implicar qualquer vínculo jurídico. É um apoio para que estas crianças possam ter um lar, participar de atividades em família e que no futuro também possam criar seus filhos e se tornar bons cidadãos     “, ressalta o promotor.

O prefeito Edinho Araújo afirma que a iniciativa faz parte de uma união entre o Poder Executivo, Poder Judiciário, Ministério Público e Vara da Infância e Juventude. “É fundamental que uma criança que sofreu qualquer tipo de violência possa ter carinho e afetividade. Isso que estamos buscando, ou seja, a aplicabilidade destes princípios que estão no Estatuto da Criança e do Adolescente. Porque o que fizermos hoje para as nossas crianças, elas farão amanhã para asnossas futuras gerações. Não podemos deixar faltar carinho, amor e afeto”, disse.

 

Como funciona?

De acordo com o juiz Evandro Pelarin, para participar do programa o interessado deverá ir até o site da Prefeitura de Rio Preto e preencher um formulário. Após a inscrição, os voluntários receberão acompanhamento de uma equipe técnica. “Os padrinhos e as madrinhas passarão por uma triagem e um acompanhamento pelas universidades, que formarão um grupo para instruir essas pessoas, a fim de estreitar os laços afetivos de forma consciente e saudável. Cada padrinho ou madrinha terá liberdade de escolher lugares para passear, ocasiões e demais atividades para realizar com o afilhado, participando efetivamente da vida dele”.Em Rio Preto atualmente já existem os programas de apadrinhamento solidário, financeiro e prestador de serviço.

“Temos os prestadores de serviços, que são por exemplos os dentistas, que implantam aparelhos ou também os veterinários que levam as crianças para ajudar a cuidar dos animais. Na modalidade de aporte financeiro, o padrinho colabora com suporte financeiro ou material, conforme a necessidade do apadrinhado. E no apadrinhamento solidário é aquele que dá um apoio imediato. Uma ajuda de custo para um material escolar, ou uma necessidade, algo sem constância como o realizado pelo apadrinhamento financeiro”.

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