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Em Rio Preto, suspeito de matar mototaxista é preso

Homem de 27 anos foi encontrado pela PM no bairro Renascer, antes da prisão, ele foi perseguido pelos mototaxistas

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Um homem suspeito de matar o mototaxista Sidinei Aparecido de Oliveira, de 60 anos, foi preso pela Polícia Militar nesta quinta-feira, dia 22, no bairro Renascer, em Rio Preto. Antes de ser preso, o rapaz de 27 anos foi perseguido por mototaxistas enquanto ele tentava vender a motocicleta da vítima, no bairro João Paulo 2º. A polícia trabalha com a hipótese de latrocínio, roubo seguido de morte. Não foi descartada a participação de uma segunda pessoa no crime brutal.

 

 

O suspeito foi localizado por um mototaxista que fazia uma corrida pelo bairro João Paulo 2º. “Um dos nossos motociclistas passou por este indivíduo e escutou ele dizendo que estava vendendo aquela moto [da vítima] por R$ 800. Ele reconheceu o veículo na hora e ligou para nossa central relatando o que tinha presenciado. Depois telefonou para Polícia Militar”, afirma Bruno Daniel dos Santos Menino, de 36 anos.

Com receio da fuga do suspeito, Bruno, acompanhado de outros motociclistas, foi até onde o suspeito estava. Mas o rapaz já tinha deixado o local. “Liguei na nossa central e falei para ela nos monitorar, pois temos um aplicativo semelhante ao Uber que informa a posição real. Então passamos a fazer buscas pelo bairro. Sem querer acabamos nos espalhando e eu encontrei esse indivíduo com a moto. Comecei a perseguí-lo até que ele entrou em uma rua sem saída”.

Na tentativa de escapar, o suspeito tentou fugir, mas foi derrubado pelo mototaxista. “Após a queda entramos em luta corporal, mas ele conseguiu fugir a pé. Foi neste momento que chegou a primeira viatura da PM que conseguiu prendê-lo na ponte que liga o bairro Vila Elmaz ao Renascer”, conta Bruno.

Outras viaturas já estavam ajudando a realizar o cerco, que contou com apoio do helicóptero Águia. A tenente da Polícia Militar Amália Paci diz que após ser detido o suspeito negou envolvimento na morte, apenas estava tentando vender a motocicleta e sabia que o veículo era produto de roubo.

“O suspeito alega que contratou o mototaxista no terminal rodoviário para fazer uma corrida até o bairro Vila Toninho. Quando chegou ao destino encerrou a corrida e seguiu até uma biqueira para fazer uso de entorpecentes. Passado certo tempo, o suspeito alega que um rapaz chegou com a motocicleta da vítima e ofereceu a moto para ele”, disse.

Ainda segundo a tenente da PM, a participação de um segundo criminoso na morte de Oliveira não está descartada. “Pelo local, tipo de crime e a forma em que a vítima foi morta, não descartamos a possibilidade do envolvimento de mais de uma pessoa. Uma coisa que chamou bastante nossa atenção, e reforça esta suspeita, é que foram usados dois tipos de armas, pedras e  faca. Dificilmente um agressor usaria dois objetos em uma ação”, ressalta.

Dor da família

Mateus Pamplona, genro da vítima, esteve na Central de Flagrantes no início da tarde para fazer a retirada da motocicleta recuperada pela PM. Bastante emocionado, ele contou que era comum o sogro iniciar a jornada de trabalho ainda na madrugada.

“Ele acordava bem cedo. Às 5 horas já estava fazendo corridas. Jamais deixava de trabalhar. Era uma pessoa bastante querida por todos. O que aconteceu foi um choque para todos nós. Uma pessoa sai para ganhar o pão e volta em um caixão. Ainda não acreditamos”, desabafa.

Segundo Pamplona, a família espera que a Justiça seja feita. “Com a prisão do suspeito, esperamos que ele pague pelo crime que cometeu, embora o sentimento de perda jamais passará. Queremos Justiça. O que nos ficará é a imagem daquela pessoa alegre que partiu de forma tão cruel”.

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