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Polícia Civil esclarece duplo homicídio em propriedade rural de Rio Preto

O autor do crime foi preso no final da tarde desta quinta-feira, dia 26. Ele morava na casa ao lado das vítimas e alegou que estava embriagado quando matou as duas mulheres, de 56 e 59 anos

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A Delegacia de Investigações Gerais (DIG) esclareceu o duplo homicídio que aconteceu em uma propriedade rural próximo ao bairro Jardim das Oliveiras, em Rio Preto, no último dia 9. O autor do crime um ajudante geral, de 29 anos, morava em uma casa vizinha as das vítimas e alegou que matou por estar bastante alcoolizado. O rapaz afirmou não ter desavenças ou qualquer outro problema com as mulheres mortas e também não tinha passagens criminais. No dia dos fatos foi ele inclusive que chamou a Polícia Militar momento após os fatos.

Clarice Thomé de Souza Costa, de 59 anos, e Elaina Costa, de 56, foram brutalmente mortas com golpes de barra de ferro. Segundo o delegado André Balura, antes de deixar o local do crime no dia do homicídio, investigadores já suspeitavam do ajudante geral devido algumas contradições em seu depoimento.

“Após a conclusão do trabalho de perícia começamos a ouvir algumas pessoas e já conseguimos pinçar algumas divergências na fala dele. Não o prendemos no primeiro momento, pois não tínhamos ainda provas concentras. Mas no íntimo policial da equipe de investigadores ele já era suspeito. Começamos então a fechar o cerco e buscar elementos que apontava as contradições do ajudante geral. Em cima de tudo isso, conseguimos representar o mandando de busca e apreensão deste rapaz” disse.

Ao ser preso, o suspeito negou envolvimento, mas acabou confessando o crime. “Ao ser notificado que seria levado para delegacia, ele ficou surpreso. Antes mesmo de chegar na DIG, o ajudante geral entrou novamente em contradição e confessou. Neste momento ele fez menção de uma barra de ferro, pois ainda não tínhamos informações sobre qual seria a arma do crime” afirma o delegado.

Para não se tornar suspeito, no dia do crime, o ajudante geral alegou que ouviu gritos que vinham da casa onde estavam as vítimas. “Em seu primeiro depoimento, ele alega que estava próximo a casa e ouviu pedidos de socorro. Inclusive o ajudante geral ligou para o patrão pedindo para entrar na casa e em seguida entra em contato com a Polícia Militar. Mas tudo isso não passou de armação”.

O suspeito também deu detalhes como atacou as duas mulheres. “Por volta das 13h30, a vítima Clarice recebeu uma ligação do marido que estava em Catanduva. Ele pedia que a mulher avisasse o ajudante geral para apartar o gado da fazenda. Ela foi até a casa do rapaz e deu o recado. Neste momento o ajudante se arma com a barra e passa acompanhar a mulher a distância. Clarisse foi atacada na entrada da casa. Já a Elaine, reagiu. Ela entrou em luta corporal com o rapaz na sala. Após ser morta foi arrastada até o quarto” conta o delegado.

Nenhum objeto foi levado do imóvel e nenhuma das vítimas sofreu violência sexual. Após matar as duas mulheres o ajudante geral fugiu pelos fundos. Quando a Polícia Militar e Civil chegou ao local, o rapaz permaneceu o tempo todo acompanhando o trabalho de perícia.

Depois da prisão do ajudante geral, a esposa dele prestou depoimento e contou que o marido já tinha confessado o crime. “A mulher deu por falta de uma barra de ferro que o marido carregava no carro. Dias antes do crime, ela viu seus filhos brincando com este objeto no quintal. Ao notar o sumiço desta barra, perguntou para o marido e notou uma mudança de comportamento do rapaz. Em seguida ao perguntar se o ajudante tinha envolvimento na morte das vítimas, ele começou a chorar. Tentou ainda justificar o injustificado” afirma o delegado.

Quando a mulher do ajudante geral foi questionada sobre o comportamento do marido, ela afirmou que ele não era agressivo. “A esposa afirmou sim que eles tinham brigas como qualquer outro casal, por motivos de ciúmes e outras coisas, mas ele sempre foi uma pessoa tranquila. Mas a mulher também afirmou que desconhecia que o companheiro fazia uso de bebidas alcóolicas”.

O ajudante geral permanece preso na Delegacia de Investigações Gerais (DIG) e ficará à disposição da justiça. Ele responderá pelo crime de duplo homicídio qualificado. 

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