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Jovem de 24 anos é preso durante megaoperação contra a pedofilia

Policiais do Grupo de Operações Especiais (GOE) encontraram materiais de pornografia infantil na casa do suspeito; operação se estendeu por 24 estados e Distrito Federal e mais de 130 pessoas foram detidas

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A “Operação Luz na Infância 2”, considerada uma das maiores ações de combate à pornografia infantil realizada no país, foi deflagrada na quinta-feira, dia 17. Foram cumpridos 579 mandados de busca e apreensão em 284 cidades, abrangendo o Distrito Federal e mais 24 estados.

O trabalho resultou na prisão de 132 pessoas, de acordo com o Ministério Extraordinário da Segurança Pública. Em Rio Preto, um jovem de 24 anos foi preso no bairro Jardim Paulista. Na casa dele, foram apreendidos computadores com fotos e vídeos relacionados à pornografia infantil.

O suspeito já estava sendo investigado pelo setor de inteligência da Polícia Civil. Ao rastrear o IP – uma identificação única para cada computador conectado a uma rede -, os investigadores conseguiram descobrir o endereço do rapaz.

Segundo o delegado Paulo Grecco, quando policiais do Grupo de Ações Especiais (GOE) chegaram à casa do jovem com mandado de busca e apreensão ele não reagiu e negou que armazenava materiais de pornografia infantil. “Como na grande maioria dos casos, em primeiro momento, ele disse não saber o que estava acontecendo. Porém, a partir do momento em que percebeu o conhecimento técnico dos policiais e a descoberta das pastas ocultas com senhas, o jovem admitiu qual era o tipo de material e passou informar as senhas de acesso” conta Grecco.

O delegado explicou que no primeiro momento ficou comprovado o armazenamento do material. “Observamos que ele baixava conteúdo de pornografia infantil, mas ainda não há provas se o jovem só armazenava ou fazia algum tipo de compartilhamento do material. Todos os equipamentos que estavam na casa foram apreendidos para uma perícia mais detalhada” disse o delegado. O jovem foi levado à Delegacia de Defesa da Mulher, onde foi arbitrada uma fiança de R$3 mil. O delegado Paulo Grecco explicou que a diferença nos crimes de armazenamento do material com pornografia infantil é o compartilhamento.

“Agora vamos investigar se ele compartilhava com mais alguém esses arquivos. Nesse caso, o crime é mais grave e ele pode ser preso preventivamente. Mas até o momento ele será liberado caso pague a fiança, porque armazenar este tipo de material é um delito afiançável, Mas deixamos claro que o objetivo da Polícia Civil é combater este crime que é inaceitável” afirma.

Também foi cumprido um mandado de busca e apreensão na casa de um servidor público de Guapiaçu, mas na residência dele nada de ilegal foi encontrado.

 

Sobre a operação

O ministro da Segurança Pública, Raul Jungmann, afirmou que mais de 1 milhão de arquivos (entre fotos, vídeos e outros documentos obtidos em ambientes virtuais) com conteúdos relacionados a crimes de abuso sexual de crianças e adolescentes foram analisados antes da deflagração da Operação Luz na Infância 2.

O coordenador do Laboratório de Inteligência Cibernética do Ministério Extraordinário da Segurança Pública, Alessandro Barreto, disse que a operação tem como foco encontrar pessoas que tenham grande quantidade de material. “Só uma pessoa na Região Sudeste foi encontrada com mais de 200 mil arquivos desse tipo”, disse.

Segundo Jungmann, essa é a maior ação integrada de polícias judiciárias civis em todo o Brasil. A Operação Luz na Infância 2 conta com 2,6 mil policiais civis que cumprem mais de 500 mandados de busca e apreensão de arquivos com conteúdos relacionados a crimes de exploração sexual contra crianças e adolescentes.

 

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