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Justiça pede devolução de dinheiro a ex-assessor de Bruno Covas

Investigação envolveu o ex-assessor Mário Welber, detido no aeroporto de Congonhas com R$ 102,3 mil, em 2014

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Após a Justiça Federal determinar o arquivamento de inquérito policial que investigava acusação de crime de lavagem de dinheiro cometido por Mário Welber, ex-assessor do prefeito de São Paulo, Bruno Covas (PSDB), uma nova decisão determina a devolução de dinheiro com juros e correção monetária.
Welber foi detido em setembro de 2014, no aeroporto de Congonhas, com R$ 102,3 mil, em dinheiro, e um envelope com 16 cheques da Caixa Econômica Federal, em branco, identificados com “Eleição 2014 Bruno Covas Lopes”. O arquivamento da investigação da Polícia Federal foi determinado sem a conclusão sobre a origem do dinheiro. Ele disse na época que o dinheiro era dele e “fruto do seu trabalho” e que estava com a quantia para realizar alguns negócios em São Paulo, dentre eles a compra de um carro. De acordo com a Justiça, porém, o crime de lavagem “não se consuma pela mera ausência de comprovação da origem lícita da quantia transportada, sendo necessária a colheita de elementos de prova que indiquem o intuito de ocultar ou dissimular a natureza, origem, localização, disposição, movimentação ou propriedade de bens, direitos ou valores, provenientes, direta ou indiretamente, de infração penal”. “Nos autos não está sequer comprovada a materialidade de delito anterior”, concluiu o juiz em decisão anterior.
Agora, a decisão garante a devolução integral do valor apreendido, com a correção de juros do período.
“Nunca tive dúvidas que a Justiça seria feita. E agora, de maneira ampla com a devolução do meu dinheiro, que sempre esteve comprovado em minhas declarações de imposto de renda, além dos meus pertences pessoais. Com essa determinação, minha consciência segue como sempre seguiu a minha história, ou seja, limpa, serena e sem absolutamente sem nada a dever”, afirmou Welber.
Durante a investigação, Welber disse que era professor em duas faculdades,  palestrante, conferencista e trabalha na área de comunicação e relações públicas, que é funcionário da Secretaria Estadual de Meio Ambiente, mas atualmente está afastado de suas funções por motivos particulares”. Ele disse que por “dois meses estaria ajudando algumas campanhas eleitorais de maneira informal”.
O Ministério Público Federal (MPF) pediu o arquivamento do inquérito por não ter encontrado indícios da origem ilícita do dinheiro. O pedido foi acatada pela 10ª Vara Criminal em São Paulo.

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