Cidades
Designer gráfico recorre a vaquinha on-line após sofrer grave acidente
O designer João Victor da Silva, 28 anos, sofreu uma queda e perdeu parte do movimento do braço direito em uma das atrações para adultos no interior da Mauricio de Sousa Produções em São Paulo

Mauricio de Sousa é de longe uma inspiração para muitos artistas e principalmente desenhistas. E foi através de um convite para conhecer o estúdio de um dos maiores cartunistas do Brasil que o designer gráfico rio-pretense João Victor da Silva, 28 anos, viajou para São Paulo em busca da realização de um sonho. Mas, entre uma das atrações, ele sofreu um grave acidente e perdeu parte do movimento do braço direito. O fato aconteceu em setembro deste ano, e desde então, João que é profissional autônomo, não pode mais exercer trabalhos profissionais. Com a renda comprometida e os altos custos de tratamentos médicos, amigos do designer recorreram à solidariedade dos internautas. Criaram uma ‘vakinha on-line’ para custear os três primeiros meses de tratamento.
São necessários cerca de R$30 mil para despesas de sessões de terapia ocupacional, fisioterapia, hidroterapia e psicóloga. Até o momento, até o início da tarde desta quinta-feira, dia 13, o valor arrecadado era de R$ 12.6 mil, o equivalente a 42% da meta. [https://www.vakinha.com.br/vaquinha/acidente-joao-em-sp-msp].
“A ideia da vaquinha surgiu de amigos próximos devido aos altos custos. Para entender a situação, a fratura afetou o nervo radial (responsável pela inervação sensitiva da mão e motora do braço e antebraço) e perdi os movimentos. Meu convênio é use e pague, mas mesmo assim só autorizam apenas uma sessão de terapia por semana. Devido à gravidade da minha lesão, preciso fazer todos os dias e por isso estou pagando por tudo. É necessário fazer hidroterapia para reduzir a dor e diminuir o inchaço. Terapia ocupacional para movimentos mais delicados da mão e também acompanhamento psicológico, pois da noite para dia aconteceu tudo isso”, conta João.
O designer gráfico afirma que enquanto esteve internado em São Paulo teve apoio e auxílio por parte da ‘Mauricio de Sousa Produções’, porém, ao retornar a Rio Preto, não houve mais contato por parte da empresa.
“Eles [Mauricio de Sousa Produções ] se comprometeram a pagar o tratamento. Enquanto eu estava internado lá (em São Paulo), foi feito dois pagamentos pontuais, mas depois quando retornei não tive mais contato. Tudo o que esta acontecendo eu estou me virando, minha família está se virando como pode. Meu pai até vendeu o carro para ajudar nos custos, pois não tínhamos mais recurso” afirma.
O advogado Guilherme Morais diz que aguarda um posicionamento concreto por parte da ‘Maurício de Sousa Produções’. “O João está passando por vários tratamentos, muitas dificuldades e apenas dois pagamentos foram feitos. Eles (Maurício de Sousa Produções) não deram mais nenhuma assistência até então. Estamos em contato com eles, mas até o momento não chegarmos a nenhum acordo”, diz.
“É surreal, meu maior sonho virou meu maior pesado. Totalmente fora da realidade, parece que eu estou vivendo no corpo de outra pessoa. Profissionalmente eu estava em uma excelente fase. Tinha saído da agência em que trabalhava para seguir com meu próprio negócio. Estava com clientes fixos e também estava ministrando cursos e workshops. De repente aconteceu tudo isso”, lamenta o designer gráfico.
O acidente aconteceu em uma trama elástica em uma das atrações no interior da Maurício de Sousa Produções. O brinquedo é uma versão destinada para adultos e crianças.
Questionado sobre o acidente, a assessoria da Maurício de Sousa Produções informou por meio de nota que “este caso está sendo tratado com o máximo de responsabilidade, cuidado e respeito, características que sustentam a conduta da empresa há mais 60 anos”.
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