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Polícia Civil investiga morte de idoso e incêndio no asilo

Caso será investigado pelo 3° Distrito Policial. Morte de João Batista Pereira de Carvalho foi registrada na noite de quarta-feira, dia 21

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A Polícia Civil de Rio Preto aguarda resultados de exames necroscópicos para determinar o que provocou a morte do auxiliar de serviços gerais João Batista Pereira de Carvalho, de 63 anos. Ele foi encontrado por funcionários do asilo Lar São Vicente de Paulo sentando em uma poltrona pegando fogo na noite de quarta-feira, dia 21. O Corpo de Bombeiros foi chamado, mas quando as viaturas chegaram ao local, o idoso já estava morto.

O delegado do 3° Distrito Policial, Renato Pupo, responsável pelo caso, esteve no asilo na quinta-feira, dia 22. “Neste primeiro contato, fomos informando de que toda documentação da instituição estava em dia. A direção afirmou que o Corpo de Bombeiro faz visitas periódicas, assim como a Defesa Civil e secretarias municipais. Uma informação relevante foi que as chamas foram apagadas com extintores e mangueiras da instituição, o que significa o funcionamento regular destes equipamentos”, disse.

Pupo também explica a abertura do inquérito policial. “Morte não natural gera inquérito policial. Pois nossa linha investigativa vai desde homicídio doloso provocado por terceiros, homicídio culposo ou o fato atípico, uma fatalidade que não se pode atribuir a ninguém. Vamos apurar como começou este fogo, se foi provocado ou não. Caso tenha sido fogo acidental, este acidente decorre da ausência de atenção de alguém ou de repente da falta de manutenção”, explica.

Ainda não foi possível apontar as causas da morte de Carvalho. “Vamos esperar o laudo da necropsia para determinar o que causou a morte. Também os laudos periciais que vão determinar o que iniciou o fogo, tudo isso para entender melhor o que aconteceu. Também solicitamos as imagens das câmeras de segurança que poderão ajudar na investigação”.

A advogada da instituição, Tatiana Cristina Maciel, disse que o idoso já tinha passado mal no dia da morte. “Ele (João) era uma pessoa lúcida e estava sentando na poltrona, pois tinha passado mal à tarde”, disse. Questionado se o idoso estaria fumando, a advogada disse que não tinha essa informação. Mas segundo o boletim de ocorrência, o local onde estava a poltrona era área destinada a fumantes.

Ainda segundo a advogada, a instituição está contribuindo com a investigação. “Nosso intuito é esclarecer o ocorrido. Acreditamos que foi uma fatalidade o que teria acontecido”, afirma Tatiana.

O incêndio

De acordo com o boletim de ocorrência, por volta das 22h, duas auxiliares de enfermagem escutaram um pequeno estouro e viram a poltrona, onde estava o idoso, já tomada pelas chamas. Elas agiram rapidamente e retiraram a vítima do assento. O Corpo de Bombeiros foi chamado e quando as viaturas chegaram ao local, João Batista, já estava morto. Após o fogo ser apagado, o local foi isolado até a chegada da perícia. Outros idosos foram removidos por precaução para outra ala do asilo.

As duas auxiliares de enfermagem que tentaram socorrer o idoso na poltrona receberam atendimento médico, pois inalaram fumaça. Elas foram encaminhadas a unidades de saúde e liberadas. O corpo do idoso foi encaminhado ao Instituto Médico Legal (IML).

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