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Plano para enfrentar 3ª fase da Covid; ele vai da volta à normalidade até o fechamento total

O plano prevê cinco cenários diferentes; hoje Rio Preto está no terceiro nível. Se o isolamento social melhorar e os casos diminuírem ela pode voltar à normalidade. Caso contrário, podemos ter lockdown

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A Prefeitura de Rio Preto apresentou nesta sexta-feira, na transmissão na qual atualiza os dados da Covid-19 em Rio Preto, o terceiro plano de contingência para o enfrentamento da doença. Ele prevê o relaxamento ou o endurecimento das regras de acordo com o nível de contaminação da doença e a capacidade da estrutura médico-hospitalar da cidade para enfrentá-la. Ele tem 5 níveis e em cada um deles as autoridades sanitárias e políticas se comportam de uma forma diferente. Ele foi apresentado pelo prefeito Edinho Araújo, MDB, e pelo secretário municipal de Saúde, Aldenis Borim.

Os cinco níveis têm as fases da epidemia (aceleração, desaceleração e controle) no município para definição de regras para o distanciamento. Segundo ele, o objetivo é controlar o número de infectados em acordo com a capacidade da rede assistencial.

O primeiro deles é o distanciamento social com medidas de prevenção. O segundo, distanciamento seletivo. O terceiro o distanciamento social com o regramento para serviços não essenciais. Aldenis Borim  disse que Rio Preto está no terceiro nível. O quarto nível prevê distanciamento ampliado e o quinto o fechamento total (conhecido como lockdown). Se Rio Preto descer do nível 3 para o 1, estaremos na área chamada de desaceleração da doença. No quarto e no quinto, são os níveis de aceleração.

As regras para cada um dos cinco níveis previstos 

O primeiro nível indica que a cidade que ter no máximo 50 casos de notificação para a Síndrome Gripal ao dia e menos de 15% testados e positivados para a Covid-19.  Os casos tem que estar abaixo do número registrado em 2009, ano de maior notificação. Menos de 50% dos leitos devem estar ocupados com pacientes com a síndrome, ter um estoque de 70% ou mais de Equipamentos de Proteção Individuais, EPIs, entre 86% a 100% de funcionários da saúde trabalhando e o isolamento social acima de 71%. 

O segundo nível prevê 50 a 99 casos notificados para síndromes gripais ao dia, uma testagem positiva entre 15 e 19%, a curva de notificação deve estar igual à de 2009, ter uma ocupação dos leitos entre 51% e 60%, um estoque equivalente de EPIs, ter ocupados com a doença entre 81% e 85% do pessoal e um isolamento social entre 56% e 70%. 

O terceiro nível tem registrar entre 100 a 400 casos de síndrome respiratória ao dia, de 20 a 29% dos casos testados positivados, estar no limite ou até duas vezes mais do que a curva dos casos registrado no ano base, 2009, uma ocupação de leitos hospitalares entre 61% e 70%, um estoque de EPIs entre 41% e 50% do necessário, entre 76% e 80% de pessoal trabalhando e um isolamento social que varia entre 45% a 55%.

A partir do quarto nível a cidade pode enfrentar a imposição de restrições mais duras. O quarto nível do plano prevê a notificação diária entre 400 e 800 de pacientes para a síndrome gripal, uma testagem positiva entre 30% a 40% dos notificados, a ocupação dos leitos entre 71% a 80%, o estoque de EPIs entre 31% até 40%, no máximo 75% do pessoal da saúde ocupado com a doença e o isolamento social entre 36% a 44%.

O último estágio, que pode levar ao lockdown, é reservado para uma situação extrema. São mãos de 800 casos notificados ao dia, 31% dos casos testados positivados, uma curva superior a três vezes ao do ano base para síndrome gripal, em 2009, uma ocupação de leitos acima de 81%, menos de 30% de estoque de EPIs, abaixo de 70% dos profissionais de saúde trabalhando e menos de 35% de isolamento social.

Isolamento Social

O prefeito Edinho Araújo, durante sua participação no ao vivo disse o relaxamento da quarentena e a flexibilização da economia está nas mãos dos rio-pretenses. Ele frisou que a cidade teve ontem um isolamento social de apenas 39%, 16 pontos abaixo do preconizado pelo governo do estado. Lembrou que Rio Preto é uma cidade privilegiada do ponto de vista de equipamentos médico-hospitalares, mas que a população precisa fazer a sua parte para que não cheguemos à situações que assistimos em outras grandes cidades e capitais do país.  

Ele disse que o inimigo do comércio e do retorno ao trabalho é o vírus e que Rio Preto prepara um plano regional para sair dessa situação. Para isso, está articulando com os prefeitos da região um projeto para ser entregue ao governo estadual. Mas enfatizou que a população tem que fazer a sua parte. E é o respeito ao isolamento.

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