Cidades
Polícia faz reconstituição de crime que matou sargento da PM
O delegado disse que os dois acusados, Rita de Cássia e Edinael Leme, cometeram o homicídio com uma paulada na cabeça da vítima. Os dois se uniram para isso e por motivos, talvez financeiros, resolveram dar cabo dele

Hoje (27) foi feita a reconstituição do crime que resultou na morte do sargento aposentado da Polícia Militar, Cícero de Carvalho em 2018. Estiveram presentes policiais civis, polícia científica, o delegado Wander Solgon que é responsável pela conclusão do inquérito e os advogados de Edinael Leme e de Rita de Cássia da Silva.
O crime foi em uma residência que fica na rua Jerônimo na Vila Goyos em São José do Rio Preto. Rita de Cássia compareceu e orientou os policiais sobre como tudo aconteceu no dia do crime que foi em outubro de 2018. Segundo o advogado dela, Márcio Roberto Ferrari, foi pedido a reconstituição do crime, por parte de Rita de Cássia, para provar a inocência dela.
Já Edinael Leme não esteve presente. O advogado dele, José Maciel Claro, informou que ele não foi até o local da reconstituição “porque ele é inocente e que cabe ao Ministério Público comprovar a suposta culpa que dizem que é dele”.
O delegado Wander Solgon disse que o pedido da reconstituição foi feito pelo advogado de defesa de Rita de Cássia e que o pedido foi feito e aceito pela justiça. Ele disse que “é uma prova pericial, feita por um perito, e que o laudo elaborado por ele será encaminhado para juízo. No âmbito policial o inquérito já foi encerrado há mais de um ano”.
O delegado disse ainda que “os dois acusados, Rita de Cássia e Edinael Leme, cometeram o homicídio com uma paulada na cabeça da vítima. Os dois se uniram para isso e por motivos, talvez financeiros, resolveram dar cabo dele”.
A audiência de pronúncia (primeira audiência do caso) está marcada para o dia 29 de setembro deste ano.
Relembre o caso
O crime aconteceu em outubro de 2018 no bairro Vila Goyos em Rio Preto. Edinael Leme teria afirmado que a esposa do PM assassinado ofereceu R$45 mil para ele praticar o crime. A mulher foi presa desde o dia 2 de abril do ano passado.
No dia 30 de outubro, o sargento aposentado Cicero de Carvalho foi encontrado morto pela esposa no quarto da casa onde eles moravam. Durante o registro de ocorrência, a mulher alegou que havia deixado o imóvel e quando retornou alegou que encontro o marido sem vida.
Na época, o crime foi registrado como latrocínio, roubo seguido de morte, já que a esposa afirmou que a arma do policial e um telefone celular havia desaparecidos. “Quando ouvimos ela (esposa) pela primeira vez, achamos uma inconsistência na versão contada. Houve várias contradições como no trajeto que ela fez, horário que ela chegou e como encontrou o corpo. Embora ela sempre tenha negado, desde o primeiro dia ela já era suspeita”, contou o delegado Wander Solgon à época.
Investigadores descobriram que a esposa não tinha agido sozinha e uma segunda pessoa estava no imóvel no momento do crime. Um corretor de veículos foi identificado e preso no dia 16 de abril do ano passado.
Durante o depoimento, o corretor teria dito que recusou a oferta em dinheiro. Ainda de acordo com a versão contada por ele, a esposa do PM alegava que era constantemente agredida.
Câmeras de segurança teriam registrado quando o corretor e a mulher acessaram o imóvel. “Ela abriu o portão lateral para ele. No interior da casa não existem câmeras de segurança, por isso não é possível determinar quem desferiu os golpes contra o rosto do aposentado. Ambos responderão pelo crime de homicídio qualificado com a pena de 12 a 30 anos”, disse o delegado na época da prisão
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