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Área queimada soma 500 hectares; comitê avalia danos e traça estratégia

Participaram do encontro representantes da Defesa Civil de Rio Preto, Defesa Civil Estadual, Polícia Ambiental, Corpo de Bombeiros, Unesp, Semae, além das secretarias de Meio Ambiente e Serviços Gerais

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O prefeito Edinho Araújo recebeu, na tarde de ontem, os integrantes do Comitê Gestor de Prevenção e Combate às Queimadas em reunião de trabalho para avaliação dos danos causados pelo incêndio que consumiu grande parte das áreas de preservação permanente na região do antigo Instituto Penal Agrícola (IPA). As chamas tiveram início na tarde de quarta-feira, dia 9, e resistiram até a noite de sábado, 12, com diferentes intensidades.

Apesar da extensão dos estragos, o grupo avalia que a atuação conjunta das entidades envolvidas foi fundamental para que o fogo não consumisse toda a área verde, que inclui Estação Ecológica, Floresta Estadual do Noroeste, Instituto Florestal e Instituto de Pesca, que somam aproximadamente cerca de 750 hectares.

Os profissionais avaliaram que o vento forte, que registrou média diária de 45 km/h na semana passada, foi determinante para a progressão das chamas pela área. “A força do vento fez o fogo sobrepor a avenida Abelardo Menezes e, com isso, atingir os dois lados da via”, comentou o coordenador da Defesa Civil de Rio Preto, coronel Carlos Lamin.

Também foram definidas prioridades para os próximos anos em relação ao trabalho realizado pelo comitê. Uma das propostas é a criação de uma base fixa no local, que poderá abrigar efetivo e viaturas das entidades que compõem o comitê. “Precisamos estar perto quando um eventual novo incêndio começar”, pontuou Lamin.

A secretária de Meio Ambiente, Kátia Penteado, destacou que o município terá, a partir de agora, um desafio ainda maior relacionado ao reflorestamento da área. “De 106 mil mudas que tínhamos plantadas em 13 áreas diferentes, perdemos aproximadamente 76 mil mudas para o fogo. Teremos que recuperar essa perda nos próximos anos”, comentou.

O comitê traçou ainda um plano de reação aos estragos para iniciar a recuperação da área e reforçar o patrulhamento inibindo as invasões. O documento será apresentado pelo prefeito ao governador João Dória nesta quarta-feira, 15, durante visita do chefe do Executivo estadual a Rio Preto.

Balanço

De acordo com os números da Polícia Ambiental, o fogo consumiu 93% dos 168,9 hectares da Estação Ecológica e 73% dos 277 hectares da Floresta do Noroeste Paulista. A área queimada soma 500 hectares.

Os dados do corpo de Bombeiros apontam que a extensa estiagem fez aumentar na região, em 270%, o número de ocorrências de incêndio em matas e pastagens nos primeiros 13 dias de setembro na comparação com o mesmo período do ano passado. Foram 398 chamados desse tipo neste ano, ante 147 em 2019.

Participaram do encontro representantes da Defesa Civil de Rio Preto, Defesa Civil Estadual, Polícia Ambiental, Corpo de Bombeiros, Unesp, Semae, além das secretarias de Meio Ambiente e Serviços Gerais.

 

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