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Cadeirante tem corrida recusada por motorista de aplicativo em Rio Preto

Segundo a vítima de 25 anos, motorista do aplicativo Uber se recusou a fazer a corrida porque viu dificuldades em transportar a cadeira de rodas do cliente

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Um dentista de 25 anos procurou a Polícia Civil para registrar um boletim de ocorrência contra o aplicativo Uber, na manhã desta sexta-feira (22), em Rio Preto. Segundo informações do documento, a vítima é cadeirante e teve a corrida solicitada cancelada pessoalmente pelo motorista após o homem ver que precisaria transportar a cadeira de rodas do jovem.

Ainda de acordo com o registro policial, o dentista Luís Maurício Tadini Martins utiliza o serviço de transporte do aplicativo e, anteriormente, já teve corridas rejeitadas por ser cadeirante. A vítima relatou que os motoristas dão justificativas diversas, mas sempre em torno do transporte da cadeira de rodas.

Na manhã desta sexta, ao solicitar o serviço para ir à fisioterapia, o jovem teve mais uma corrida negada.

“Foi rápido. Eu solicitei a viagem da minha casa até o centro de reabilitação onde faço a fisioterapia. Ele (o motorista) estacionou e eu perguntei se eu poderia ir na frente porque, caso não couber a cadeira no porta-malas, eu peço para colocar no banco. Ele disse que eu não podia ir na frente. Eu aceito, por causa da pandemia. Aí ele disse que a cadeira não cabia. Em nenhum momento ele sequer saiu do carro para me ajudar. Expliquei a ele que a cadeira era pequena e dobrável, mas ele disse que não colocaria no banco de trás e nem quis tentar. Ele disse que era melhor cancelar a corrida. Para não perder a hora e não causar nervosismo, eu aceitei que ele cancelasse a corrida. Mas ele cancelou e ainda me cobrou a taxa de cancelamento. Na minha opinião, indevidamente”, contou o dentista a Gazeta.

Para Luís Maurício, a situação é revoltante.

“É triste e revoltante, mas eu não posso deixar passar”, afirmou.

Em nota, a Uber informou que possui norma política de toleância zero a qualquer discriminação em viagens pelo aplicativo. Confira abaixo: 

“A Uber possui uma política de tolerância zero a qualquer forma de discriminação em viagens pelo aplicativo. A conta do motorista em questão foi desativada da plataforma e a empresa permanece à disposição dos órgãos de segurança para colaborar com as investigações, na forma da lei. 

A empresa defende o respeito à diversidade e reafirma o seu compromisso de promover o respeito, igualdade e inclusão para todas as pessoas que utilizam o nosso app. A Uber fornece diversos materiais informativos a motoristas parceiros sobre como tratar cada usuário com cordialidade e temos como política que os motoristas parceiros cumpram a legislação que rege o transporte de pessoas com deficiência.

Nos casos em que usuários sentirem que o tratamento dado pelo parceiro não foi respeitoso, ou que desrespeitou os termos da lei, ressaltamos sempre a importância de reportarem esses incidentes à Uber, para que possamos tomar as medidas necessárias.

Informações complementares:

Mais informações sobre acessibilidade na Uber podem ser encontradas aqui.

Motoristas parceiros devem cumprir todas as leis federais, estaduais e municipais que regem o transporte de passageiros com deficiência. 

Assim, os usuários devem ser acomodados de acordo com as leis de acessibilidade em vigor.  Os motoristas parceiros devem acomodar passageiros usando animais de serviço, andadores, bengalas, cadeiras de rodas dobráveis e outros dispositivos de assistência, tanto quanto seja possível e de acordo com a capacidade do veículo.

A violação, por um motorista parceiro, de leis que regulam o transporte de passageiros com deficiência, constitui um descumprimento dos Termos e Condições de adesão à plataforma.”

(Atualizada no dia 23/01/21, às 10h07). 

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