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Rio Preto preserva cerca de 1 bilhão de litros de água por meio do projeto Óleo do Bem

Projeto contou com a ajuda de 24 mil alunos da rede municipal de ensino, durante a realização de Gincana

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O projeto Óleo do Bem, em menos de um ano de atividade, alcançou o registro de 1.022.300.000 litros de água preservados em São José do Rio Preto. Essa marca foi atingida em junho deste ano, quando o projeto completou a arrecadação de aproximadamente 41 mil litros de óleo de cozinha usados.

A marca de 1 bilhão de litros de água é uma estimativa calculada a partir da informação de que 1 litro de óleo de cozinha usado é capaz de contaminar cerca de 25 mil litros de água. Esse registro, apesar de ser uma estimativa, mostra o quanto a reciclagem é essencial para a preservação do meio ambiente.

“É uma marca incrível! Mais do que um número, ela representa o quanto podemos avançar na questão da proteção ambiental e demonstra que ações de conscientização são realmente capazes de mudar os hábitos das famílias”, conta Luiz Queiroz, diretor regional da TV Tem, uma das empresas que coordenam o projeto Óleo do Bem.

Para o Óleo do Bem atingir o primeiro bilhão, o projeto contou com a ajuda de 24 mil alunos da rede municipal de ensino, durante a realização da Gincana Óleo do Bem. Apenas nos três meses dessa atividade, foram arrecadados 23.604 litros de óleo de cozinha usado, o equivalente à 590.100.000 de litros de água preservados (236 piscinas olímpicas).

O trabalho com as crianças é uma da base da iniciativa, pois o projeto acredita que as crianças impulsionam a mudança de comportamento de toda a família. Eles se tornam agentes influenciadores e “fiscalizadores” do descarte correto do óleo de cozinha usado em suas casas.

A problemática do óleo de cozinha usado

O óleo de cozinha é um dos produtos mais utilizados na cozinha brasileira, mas o descarte incorreto no meio ambiente provoca uma série de problemas para a sociedade e para o meio ambiente. Segundo a Associação Brasileira das Empresas Estaduais de Saneamento (AESBE), a cada 4 litros de óleo produzidos em nosso país 1 é jogado fora de maneira equivocada. Por ano, são mais de 700 milhões de litros despejados nas pias ou nos lixões espalhados pelo Brasil.

Além da questão ambiental e da poluição da água, o descarte inadequado do óleo de cozinha usado causa sérios problemas para as empresas públicas de esgoto. O resíduo, quando em contato com a água e o cabelo humano, gera uma matéria que obstruí redes de esgoto e entope a passagem dos resíduos. Isso sem contar que essa matéria também é um ambiente propício à proliferação de bactérias e animais.

O descarte incorreto do óleo de cozinha usado é um habito que passou de geração em geração, mas que atualmente ocasiona um grande problema ao meio ambiente. A exemplo do que aconteceu em São José do Rio Preto, esse hábito pode ser mudado com ações de conscientização e apoio à reciclagem.

Como mudar o hábito do descarte do óleo de cozinha usado?

Um dos únicos caminhos para conter esse tipo de poluição é estimular o hábito da reciclagem do óleo de cozinha usado. Quando levado aos pontos de coleta e tratado da maneira correta, esse resíduo se transforma em matéria-prima para a produção de sabões, tintas, massa de vidraceiro, farinha básica para animais, além de ser usado na queima de caldeiras e pode até ser transformado em biodiesel. E o mais importante, faz com que o óleo de cozinha sequer chegue à rede pública de esgoto e aos rios e mares.

No Brasil, a Lei nº 12.305/10 instituiu a Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS) contém instrumentos importantes para permitir o avanço necessário ao país no enfrentamento dos principais problemas ambientais, sociais e econômicos decorrentes do manejo inadequado de resíduos sólidos, inclusive do óleo de fritura.

A lei institui, ainda, a responsabilidade compartilhada dos geradores de resíduos para a logística reversa (reciclagem). Responsabilidade que é compartilhada para fabricantes, importadores, distribuidores, comerciantes, o cidadão e titulares de serviços de manejo dos resíduos sólidos urbanos.

Isso permitiu um maior apoio a todo a cadeia da reciclagem de resíduos orgânicos ou plásticos. No entanto, a reciclagem ainda carece de maior entendimento da população, fato que o Óleo do Bem tem ajudado a esclarecer pelo menos no último ano, em sua única área de atuação: São José do Rio Preto.

Nos próximos meses, o Óleo do Bem chegará ao município de Votuporanga, realizando as mesas ações educacionais e de reciclagem nesta cidade. “Além de esperarmos um aumento no número total de óleo de cozinha arrecadado, acreditamos que podemos repetir o sucesso das ações educacionais que tivemos em Rio Preto”, explica Fábia. “Esperamos que logo possamos atingir o nosso segundo bilhão”, finaliza Queiroz.

 

 

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