Jovem contesta versão de avô e afirma que ele já abusou dela quando pequena

Após a divulgação de um caso onde um idoso acusa o namorado da neta de agressão com tijolos na última quarta-feira (26), a neta prestou declaração nesta quinta e fez graves acusações contra o avô. De acordo com o boletim de ocorrência, a jovem, de 19 anos, afirmou que o idoso mentiu no depoimento aos policiais e já abusou sexualmente dela quando era mais nova.

O agora suspeito, de 74 anos, compareceu à Central na última quarta-feira e relatou que já tentou diversas vezes orientar a neta – que mora na mesma casa que ele – de que o atual namorado não é uma boa pessoa para a jovem. Ele disse ainda que ao tentar sair de casa com o carro, o referido namorado o atacou com tijolos, causando danos no carro e lesões no rosto.

No dia seguinte, a neta foi até a delegacia e contestou a versão do avô. Segundo o que ela depôs ao delegado, mora com ele desde pequena porque foi abandonada pelos pais. Quando criança foi abusada sexualmente pelo idoso, que sempre tentava agarrá-la e que desde a morte da avó a relação entre eles piorou.

O avô seria ciumento e possessivo, nunca permitindo que ela namorasse. Quando tinha 16 anos saiu de casa para morar com um ex-namorado. Por não não poder trabalhar, o avô ficou doente e ela terminou o relacionamento e voltou a residir com o suspeito para cuidar dele.

A jovem informou que está com o atual namorado há sete meses e que o avô não aceita o namoro e que é ameaçada constantemente. No dia anterior, ele estaria muito alterado, pois ingere bebidas alcóolicas. Ele a ofendeu, agrediu e ameaçou o namorado, além de perseguir os dois de carro, tentando atropelá-los. Os tijolos foram jogados pelo rapaz apenas para se defender, já que, segundo ela, a intenção do homem era matá-los.

Por fim, ela repetiu que o avô mentiu na versão apresentada na delegacia e que está com muito medo, pois mora na mesma casa que ele. Foi expedida requisição para exame no IML de corpo de delito na vítima, que solicitou medida protetiva contra o idoso. A jovem foi orientada sobre a possibilidade de, em até seis meses, representar criminalmente contra o suspeito e o caso será investigado.