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Suposto boliviano causa apreensão por ameaçar rio-pretenses

Pelo menos duas vítimas registraram boletins de ocorrência e contaram fatos bem semelhantes

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Divulgação/Ilustrativa

Um suposto boliviano é acusado de ameaçar pelo menos duas rio-pretenses, de acordo com boletins de ocorrência registrados neste sábado (14). Os casos são muito semelhantes. Uma pessoa deixa produtos para as vítimas venderem e depois de um determinado período exige o dinheiro das vendas, mesmo caso elas ainda não tendo conseguido comercializar toda a mercadoria. Ao não receber o valor total, uma pessoa – que seria da Bolívia – envia mensagens ameaçadoras via WhatsApp.

O primeiro caso, no Jardim Nunes, teve como vítima uma mulher de 26 anos. Ela contou na Central de Flagrantes que em novembro de 2022 enquanto trabalha em um salão de beleza, recebeu a visita de um homem que lhe ofereceu produtos de ‘Sex Shop’. O material foi deixado no local e o suspeito afirmou que voltaria um tempo depois.

A promessa é de que a vítima receberia como pagamento uma maleta de maquiagem e que, caso não conseguisse vender tudo, ele levaria de volta o que sobrou. Ela conta que neste sábado recebeu uma ligação e mensagens de WhatsApp de um número com DDD 031, cuja pessoa disse que era da Bolívia e falava em nome do homem que havia lhe deixado as mercadorias.

Ela respondeu que ainda não havia vendido tudo e o boliviano passou a ameaçá-la dizendo “não quero saber, quero o dinheiro de volta sua gorda”, afirmando ainda que receberia “de qualquer e jeito e que pegaria a vítima”. Ainda no sábado, a mulher recebeu mensagem que dizia ser do homem que havia lhe deixado os produtos e ela explicou novamente que ainda não havia conseguido vender todo o material.

A resposta foi para que ela “tirasse o dinheiro das partes íntimas e que se virasse”. Em seguida, o contato foi bloqueado. O restante dos produtos ainda está de posse da mulher, que encerrou contando que tem conhecimento de que o mesmo procedimento foi feito com outras vítimas.


Segundo caso

E realmente a vítima tem razão. Tanto que, mais tarde, um outro BO foi registrado, agora por uma moradora do Parque Residencial Lauriano Tebar. A mulher de 31 anos contou na delegacia que trabalha em uma galeria como vendedora e que um homem chegou ao local (informou o mesmo nome que havia dito para a primeira vítima, omitido pela reportagem) e ofereceu para que ficasse com roupas íntimas em consignação.

O suspeito deixou na loja 22 baby dolls, os quais ela deveria revender. Como pagamento, a receberia um jogo de jantar. Ela aceitou o acordo e assinou uma nota promissória no valor de R$ 1.012 mil, como garantia. Dois meses após, a vítima foi procurada por outra pessoa, que lhe cobrou o valor da revenda das peças.

Ela tentou explicar que teve problemas de saúde e que ainda não havia conseguido revender todo o material. Disse ainda que estava com o dinheiro do valor daquelas que haviam sido comercializadas para devolver ao suspeito. Quando tentou entregar, o homem afirmou a ela que seria procurada por outra pessoa.

Foi quando entrou de novo em cena o ‘tal’ boliviano, que lhe enviou mensagens via WhatsApp a intimidando em tom ameaçador. A vítima informa que tem apenas os números de telefone utilizado pelos criminosos e que uma nota fiscal deixada com ela sequer consta os dados do favorecido.

As duas vítimas foram orientadas quanto ao prazo de seis meses que tem direito para representar criminalmente (processar) contra os envolvidos. Este período passa a contar apenas a partir do momento em que os criminosos sejam devidamente identificados. As ocorrências foram encaminhadas para a delegacia referente a área dos fatos e serão investigadas.

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