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PM alerta alunos da rede municipal sobre drogas e violência

A proposta contribui para o fortalecimento da cultura da paz e procura orientar os alunos para que tomem decisões seguras e responsáveis

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Cristiano Furquim / Secretaria de Educação

Conscientizar, prevenir e transformar vidas por meio do conhecimento, um diálogo necessário para mostrar que é possível viver socialmente de forma saudável, sem drogas e violência.  Essa é a proposta do Programa Educacional de Resistência às Drogas e à Violência (Proerd), executado pela Polícia Militar de São Paulo em parceria com a Secretaria Municipal de Educação (SME).

Alunos do 5º ano e de oito escolas da rede municipal de ensino participam da formação neste semestre. São 32 turmas, totalizando 1.026 estudantes atendidos da faixa etária de 10 a 11 anos.

Segundo o diretor da escola Antonio Teixeira Marques, Valcir Mendonça Gomes, o trabalho com a policial formadora Cláudia Regina tem surtido efeito positivo entre os alunos.

“Esse programa vem de encontro ao processo escolar, que é a integração da comunidade, família, alunos, professores e gestores. E o que é mais importante, quebrar esse estigma da polícia como se fosse só um sistema repressivo. Nós temos bons resultados, então acredito que deve ser continuado”, diz o diretor.

Além do foco no combate às drogas, a violência é outra questão discutida dentro do contexto da cultura da paz, que privilegia a mediação e o diálogo para resolver conflitos.

A instrutora do Proerd, a PM Claudia Regina, diz que existe uma aula específica sobre bullying, prática sistemática e repetitiva de atos de violência física e psicológica.

“Eu já tive alunos agressivos, mas que depois, quando trabalhamos o tema em sala de aula, mudaram. Houve uma grande mudança de comportamento e eles perceberam a importância de se fazer o bem, de ser uma boa pessoa e conquistar amigos”.

A professora Simone Bigotto destaca o fato de as informações atingirem toda a comunidade por causa dos alunos que acabam atuando como agente multiplicadores.

“Os alunos ficam bem ansiosos pelas aulas da policial Regina, eles gostam e prestam atenção. A comunicação é participativa e chega até as famílias. Após as aulas eles comentam o que foi falado. Conversam com os pais, vizinhos, então a informação sai da sala de aula e vai para toda a comunidade.”

Para a aluna Maria Clara, de 11 anos, o trabalho desenvolvido é “muito legal, a PM Regina ensina a ficar longe das drogas, longe da violência”.

O estudante José Otávio, 10 anos, também destaca a importância das aulas e revela as mudanças que teve na sua casa. “Ajudou até o meu pai, porque ele fumava e depois das conversas que eu tive, com as informações que eu recebi, parou de fumar”.

O bullying é um assunto que repercute nas rodas de conversa entre os alunos e sobre esse tema a aluna Maria Clara fala que aprendeu várias coisas.

“Aprendi que a gente não pode fazer mal para as pessoas, que nem tudo é violência e que tem que conversar, não pode ficar brigando. A violência não é boa e a conversa traz paz. Conversando a gente se entende”, diz.

A professora Selma Aparecida Baladi diz que a aula do Proerd promove o diálogo que muitas vezes a criança não tem em casa e finaliza: “A parceria da Educação com a Polícia Militar, com os pais e com a comunidade em geral, é muito importante e positiva”.

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