Rio-pretense tem prejuízo de R$ 25 mil no golpe do anúncio clonado de veículo

Um carro no valor de R$ 40 mil anunciado por R$ 27 mil chamou atenção de um rio-pretense, que acabou caindo no ‘golpe do anúncio clonado de veículo’, divulgado com valor bem mais baixo do que normalmente o automóvel custa. De acordo com informações do boletim de ocorrência, o fato foi registrado no Parque Residencial Atlântica.

Um homem de 52 anos, verdadeiro dono e realizador do anúncio real de um Pálio Sportin 1.6 branco por R$ 40 mil e o comprador, que achou que pagaria o valor mais baixo, de 38 anos, compareceram à Central de Flagrantes e relataram o caso. O proprietário do veículo contou “que no dia 30 de abril foi contatado pelo chat do site de compra e vendas onde havia anunciado por um suposto comprador [que na verdade era o estelionatário], que lhe pediu os dados e fotos do automóvel”.

A conversa passou para o WhatsApp e o criminoso, com tudo em mãos, criou outro anúncio com valor bem menor, de R$ 27 mil, como se ele estivesse vendendo o Pálio. Ele disse ao dono “que compraria o automóvel, mas que era para esperar que ele estava viajando”. Nesta segunda, em novo contato afirmou para a vítima “que mandaria outra pessoa ver o carro, pois já iria repassar a essa pessoa por valor maior”. O vendedor real, sem desconfiar de nada, concordou com os termos, mas somente se recebesse o valor de R$ 40 mil.

O comprador, que na verdade era a segunda vítima e que teve o prejuízo maior, foi até a casa do anunciante do Pálio, viu o veículo, mas em nenhum momento eles conversaram sobre valores. Nesse momento, via WhatsApp, o golpista informou ao dono “que o comprador tinha gostado do automóvel” e lhe enviou um comprovante falso de depósito no valor de R$ 40 mil. Passados 15 minutos, tentou novo contato com o golpista para falar que o pagamento ainda não havia caído, mas já não conseguiu, pois estava bloqueado no Whats.

Nesse momento, indagou o comprador sobre que tipo de negócio havia feito com o suposto interessado em comprar o carro e a vítima lhe informou que já havia feito um Pix ao criminoso (que ele achava ser o verdadeiro vendedor) no valor de R$ 25 mil. Somente neste momento, a dupla percebeu que havia caído no já ‘velho’ golpe.

Na delegacia, o homem de 38 anos contou ao delegado “que viu o anúncio do Pálio por R$ 27 mil. No mesmo dia fez contato com o ‘vendedor’, que lhe passou um contato para continuarem a negociação no WhatsApp [DDD 017]”. A história contada pelo criminoso cibernético para ele foi “que tinha vendido o carro para o irmão dele [citando o nome do verdadeiro vendedor] e que o mesmo estava com alguns débitos, e por isso estava pedindo R$ 27 mil, para que quem comprasse, assumisse os ‘tais’ débitos, que seriam de R$ 3 mil”.

Em seguida o orientou a “ir até a casa do ‘irmão’ dele para ver o carro e que se gostasse deveria passar o Pix para a conta que lhe havia enviado. Em seguida mandou a localização, várias fotos do veículo [que havia pedido antes ao proprietário verdadeiro], Renavam e outros detalhes”. Ele viu o Pálio e disse que “em nenhum momento falou de valores com o homem que estava com o automóvel”.

Após realizar o Pix de R$ 25 mil “ficou aguardando o ‘irmão’ do vendedor liberar o carro, contudo, veio saber que o mesmo estava esperando o pagamento de R$ 40 mil da mesma pessoa. Ao conversarem, perceberam que caíram no golpe”. Os comprovantes e prints das conversas de ambas as partes foram anexadas à queixa registrada.

As vítimas foram orientadas quanto ao prazo de seis meses que têm direito a processar criminalmente o golpista. Esse prazo só passa a contar quando – e se – o bandido for devidamente identificado. Os documentos foram enviados após a apresentação da ocorrência para a delegacia correspondente a área dos fatos, onde serão alvos de investigação da Polícia Civil.