Cidades
Golpistas ‘fazem a festa’ e deixam rio-pretenses no prejuízo
Casos vão desde empréstimos indevidos a compras de produtos online

Não é nenhuma novidade, mas estelionatários seguem causando prejuízos a rio-pretenses. O plantão policial desta quarta-feira (31) e madrugada de quinta não foi diferente, tendo ao menos quatro casos desta natureza registrados. A primeira queixa prestada na Central de Flagrantes foi qualificada – provisoriamente – como ‘não criminal’, porque, segundo o BO, “tendo em vista os fatos apresentados, não há elementos suficientes para que possam se enquadrar em algum crime”.
A vítima, um idoso de 75 anos, proprietário de uma empresa de telemarketing, declarou na delegacia que “recebeu uma ligação de um banco online oferecendo um empréstimo, sendo que ele declarou que não queria. Acontece que após um mês, ao tentar receber a aposentadoria na instituição bancária [unidade física] como normalmente faz, descobriu que o pagamento foi parar no referido banco online e, além da aposentaria, constava lá também o dinheiro do empréstimo que havia negado”.
Uma parcela do ‘tal’ empréstimo já havia, inclusive, sido descontada no pagamento. O idoso não sabe informar como tais procedimentos possam ter sido realizados. Ele foi orientado a buscar mais detalhes e documentos sobre a operação, para posteriormente noticiar melhor os fatos à autoridade policial titular da delegacia referente a área dos fatos, além de ir até a Justiça Civil e entrar com ação civil competente para lhe garantir todos os devidos direitos.
Roupas
Uma jovem de 26 anos, moradora do Jardim Soraia, tentou comprar peças de roupa via WhatsApp e acabou se dando mal. Na queixa registrada, contou ao delegado que “estava online no Instagram e foi redirecionada para o aplicativo de mensagens, onde manteve contato com uma pessoa que seria representante de uma loja de Campinas [fone com DDD 019]. Ela viu algumas peças e resolveu comprar. A cobrança foi de R$ 728 e a chave Pix era de pessoa física [nome masculino]”.
Ela fez a transferência e em seguida simplesmente não obteve mais nenhuma resposta da ‘loja’, quando percebeu que se tratava de um golpe. A vítima foi orientada quanto ao prazo de seis meses que tem direito a representar criminalmente (processar) contra os golpistas, prazo que só passa a contar quando eles forem devidamente identificados.
Um inquérito policial foi instaurado para apurar o crime e a documentação encaminhada ao distrito policial correspondente a área dos fatos.
Filho
Neste caso, uma coincidência ajudou o bandido: o filho da vítima, moradora do bairro Amizade II, estava sem número de celular e iria trocá-lo. Nesta quarta, a mãe, 67 anos, recebeu uma mensagem pelo WhatsApp de uma pessoa que se identificou como o filho dela (DDD 017).
O criminoso cibernético afirmou a ela “tinha acontecido um problema com o celular dele e que havia trocado de número”. A coincidência continua, já que na última segunda-feira, segundo ela, o filho lhe contou “que teve problemas com o WhatsApp e que precisava de dinheiro para que ela fizesse uma transferência”.
Como recebeu novo pedido de dinheiro emprestado, não achou estranho, pois o rapaz estava sem número de telefone e ela sabia que seria trocado. No perfil, o golpista hackeou o aplicativo do filho e colocou no perfil a mesma foto que ele usava. Com isso, a mulher confiou que seria mesmo o filho e fez a transação conforme solicitado.
Em uma lotérica, mandou R$ 400 para os estelionatários, mesmo recebendo uma conta que tinha um nome diferente do filho. Como em todos os casos, somente após ficar no prejuízo, a vítima conversou com o familiar e descobriu que caiu em um golpe.
Assim como na queixa anterior, foi orientada quanto ao prazo de seis meses que tem direito a representar criminalmente (processar) contra os envolvidos, tempo que só passa a valer quando eles forem devidamente identificados. Inquérito também foi instaurado para apurar o crime e a documentação encaminhada à delegacia correspondente a área dos fatos.
Irmão
Aqui o golpe do ‘parente que pede dinheiro no WhatsApp’ causou um enorme prejuízo à vítima. Moradora do Jardim Alvorada, de 44 anos, pensou que falava com o irmão e perdeu R$ 3.590 mil. Na delegacia, contou que “alguém clonou a foto do familiar, criou um perfil falso no WhatsApp [DDD 017] e entrou em contato com ela somente por mensagens de texto”. O número utilizado, segundo ela, era desconhecido.
O ‘irmão’, alegando que havia urgência no pagamento de fornecedores solicitou o empréstimo de R$ 4.690 mil e garantiu que devolveria no dia seguinte. Como viu a foto do irmão no aplicativo de mensagens e fez a transferência de R$ 3.590 mil sem desconfiar de nada, mesmo a conta enviada tendo nome de mulher. Como de praxe, somente após perder o dinheiro, entrou em contato com o verdadeiro irmão e ficou sabendo que caiu no golpe.
Mais um caso que a rio-pretense foi orientada quanto ao prazo de seis meses que tem direito a processar criminalmente contra os criminosos, prazo que começa a contar comente quando eles forem identificados. Trata-se de outro inquérito policial instaurado para investigação. Os documentos terminaram encaminhados ao distrito policial correspondente a área dos fatos, onde serão apurados.
‘Gelada’
Um morador do Jardim Nazareth, de 26 anos, registrou boletim de ocorrência após ter problemas na compra de uma geladeira. Na delegacia, contou que “viu o anúncio no Facebook do eletrodoméstico em inox para a venda por R$ 1.250 mil e interessou-se pela compra. Entrou em contato com o anunciante, uma mulher, que lhe disse que estava disponível para venda”.
A criminosa informou que reside em Adolfo e perguntou a ele onde morava, já que entregaria a geladeira na casa dele, somente precisando que ele pagasse o frete, que seria de R$ 170. A vítima fez a transferência, mais uma vez, sem desconfiar de nada, mesmo a chave recebida tendo nome de pessoa diferente da ‘vendedora’.
Em seguida, ainda durante a conversa, o rio-pretense afirmou que “só pagaria o eletrodoméstico quando o recebesse”. A resposta da envolvida foi de “que o marido dela não permitiu a entrega desta maneira, pois temia que fosse golpe”. Diante da situação, a vítima, mostrando boa fé, transferiu mais R$ 625 (somando prejuízo até então de R$ 795).
Pouco tempo depois, recebeu mensagem que “estava a 20km do endereço dele, mas estava receosa e que havia desistido da venda”, prometendo devolver os valores. Com isso, a vítima, com medo de perder o negócio e como forma de manter a negociação e receber a geladeira decidiu pagar o restante do valor, transferindo mais R$ 625, totalizando pagamento de R$ 1.420 mil.
Após várias horas passadas, ele conta que “a mulher não respondeu mais os contatos que ele fez, constatando somente assim que fora vítima de estelionato”. A queixa foi enviada para a delegacia correspondente a área dos fatos, que vai investigar.
O homem também recebeu orientação quando ao prazo de seis meses que tem direito a entrar com representação criminal (processo) contra os bandidos, prazo este que só começa a contar quando – e se – eles forem devidamente identificados.
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