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Corrida de veículo de aplicativo se transforma em caso de polícia

Motorista registra queixa por ameaça e passageira o acusa de lesão corporal

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Divulgação/Ilustrativa

Uma corrida para uma festa realizada em uma chácara na Estância Santa Clara acabou se tornando caso de polícia em Rio Preto nesta segunda-feira (20). Tanto que dois boletins de ocorrência foram registrados, cada um com uma versão das partes envolvidas. O primeiro a formalizar queixa foi o motorista de aplicativo, de 55 anos. Em seguida, a passageira relatou testemunho diferente em relação aos fatos.

O homem esteve na delegacia ao lado da esposa às 3h40 e registrou queixa por ameaça. Segundo ele, “atendeu um pedido de uma pessoa do sexo feminino para corrida, mas as passageiras tinham outros nomes quando chegou. Pegou ambas no Jardim Maria Lúcia e o destino era o Solidariedade. Porém, lá chegando, elas pediram que fosse até o bairro Santa Clara. Ficaram rodando o bairro por cerca de uma hora ou mais. Como não resolvida o local do término, pediu que descessem, mas se negaram e estavam ingerindo bebida alcoólica”.

Em certo momento, “parou, desceu do carro e mandou novamente que saíssem, Com receio, segurou um facão, mas não fez nenhuma ameaça ou algo parecido. Uma das passageiras segurou a lâmina do facão e acabou se ferindo levemente. Depois disso, foi embora. Durante o dia passou a receber mensagens com ameaças, tanto da passageira como de outros números [todos DDD 017]. Já no período da noite, quando dormia, ouviram barulho, como se alguém estivesse pulando o muro. A Polícia Militar foi acionada, mas não localizou ninguém nas imediações”.

Outro lado

Mais tarde, por volta de 13h15, uma adolescente de 17 anos esteve na Central acompanhada da mãe e registrou queixa por lesão corporal. No depoimento, afirmou que “solicitou uma chamada na véspera de um motorista de aplicativo. Embarcou no bairro Jardim Maria Lúcia, na casa de uma amiga. O motorista, de cor parda-escura, cabelo grisalho, chegou com um Etios prata [ela confirmou o nome do condutor, o mesmo que registrou o primeiro boletim de ocorrência]”.

O destino, segundo a garota, “era a Estância Santa Clara, onde haveria uma festa. Iniciou-se uma discussão entre ela e o homem quanto ao destino e a forma de pagamento da corrida. Ela e a amiga desceram do veículo e o motorista pegou um facão, provocando corte em dois dedos da mão esquerda dela. Após a agressão, ele entrou no automóvel e fugiu, atirando os objetos dela pela janela”.

Após o ocorrido, “um desconhecido em um outro veículo parou, socorrendo ela até a UPA Jaguaré, de onde acabou encaminhada para o Hospital Santa Casa de Misericórdia. Foi submetida a exame de raio x, cirurgia plástica e pontos nos dedos. Os fatos foram testemunhados pela amiga e possui áudios relacionados aos acontecimentos”. A mãe dela se comprometeu a entregá-los posteriormente em mídia separada à unidade policial competente para a apuração dos fatos.

O delegado de plantão expediu requisição para exame de corpo de delito, a ser realizado no IML. Nos dois casos, as vítimas foram orientadas quanto ao prazo de seis meses que possuem direito a representar criminalmente (processar) contra os envolvidos.

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