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Possibilidade comprar carro ‘barato’ leva vítima a perder quase R$ 27 mil

Golpista seguiu praticamente o mesmo modus operandi de sempre neste tipo de golpe pela internet

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Divulgação/Ilustrativa

Um veículo em boas condições por quase a metade do preço parecer ser um bom negócio, a princípio. Mas, quase sempre se trata de um golpe comum na internet em que uma pessoa se apresenta como comprador, pede que o anúncio seja retirado do ar porque ele “vai comprar”. Cria uma nova propaganda com valor bem abaixo do valor de mercado e atrai as vítimas. Foi o que aconteceu com rio-pretenses neste final de semana. De acordo com registro policial desta segunda-feira (13), o prejuízo de uma delas foi de R$ 26,8 mil.

Uma jovem de 20 anos contou na delegacia que “no dia 11 de novembro, o pai dela [41 anos] viu o anúncio de um Mobi branco no MarketPlace do Facebook por R$ 33,8 mil. Entrou em contato [número com DDD 017] e agendou um encontro com o ‘vendedor’, para esta segunda no cartório”.

A tática do criminoso segue o mesmo modus operandi de sempre. Na conversa, ele disse à vítima que “o veículo era de propriedade do cunhado, que lhe devia uma certa quantidade de dinheiro. Na hora do encontro, acompanhado da filha, foi até o local e depois de ver o automóvel, levou-o para vistoria e o Mobi foi aprovado. Assim que retornou ao cartório, o estelionatário ligou para ele e pediu a transferência de R$ 33,8 mil para uma conta física [nome feminino]. Entretanto, como o carro estava em nome da outra vítima [outra mulher, esta de 34 anos], afirmou que só faria a transferência quando ela chegasse”.

Nesse meio tempo, questionou o homem de 37 anos (esposo da proprietária verdadeira) se “ele era realmente cunhado do ‘anunciante’ e ele respondeu que sim”. Quando a proprietária chegou, o homem de 41 anos perguntou aos dois por diversas vezes “em nome de quem deveria ser feita a transferência” e o casal afirmou que “no nome do anunciante [na referida conta em nome de uma mulher]”.

Após ser exibido em tela para a proprietária do Mobi o comprovante de transferência no valor de R$ 26,8 mil, ela disse “que havia algo errado e saiu do cartório para falar com o marido. Ao retornar minutos depois, alegou que haviam caído em um golpe”.

Ao delegado, ela afirmou “que havia anunciado o automóvel por R$ 41 mil e um homem entrou em contato com o marido, dizendo ter interesse em comprar, pediu que o anúncio fosse retirado do ar e que o Mobi seria para outra pessoa e que durante o final de semana ligou novamente afirmando que o carro era dele”.

O marido informou a ela “que o ‘comprador’ chegaria de Votuporanga para fechar o negócio e a orientou a ficar de prontidão no cartório para assinar os papéis. No local, ouviu a outra vítima perguntar ao marido dela em nome de quem deveria ser feito o depósito, momento que o marido informou que deveria ser na conta indicada pelo golpista [ainda sem saberem que era golpe]. Ao ver o comprovante em nome de outra pessoa no valor de R$ 26,8 mil, imediatamente frisou ao marido para dizer que haviam caído em um golpe. O número do telefone do criminoso ‘sumiu’ completamente do WhatsApp logo em seguida”.

Com isso, as vítimas foram até o plantão formalizar a queixa. Eles foram orientados quanto ao prazo de seis meses que têm direito a processar o estelionatário. O prazo só passa a contar quando o mesmo for identificado. A documentação terminou encaminhada ao distrito policial correspondente a área dos fatos, que vai investigar o caso.

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