Cidades
Em Rio Preto, registros de estupros de vulneráveis aumentam em 2023
Até outubro deste ano foram 163 registros, 20% a mais de que em todo o ano passado
A quantidade de estupros registrados em Rio Preto aumentou em 2023, se comparado com os dados registrados no ano passado. Estatísticas divulgadas pela Secretaria de Segurança Pública de São Paulo mostram que o aumento nos casos de estupro de vulneráveis, registrados até outubro de 2023, já supera em 20% os casos do ano passado.
Os dados mostram que em 2022 foram registrados 180 casos de estupro, sendo que 135 foram classificados e investigados como estupro de vulnerável. Os números divulgados mês a mês, até outubro deste ano, mostram que já são 197 registros de estupros, sendo 163 classificados como estupro de vulnerável.
O estupro de vulnerável é qualificado quando a vítima é menor de 18 anos ou quando tem alguma enfermidade ou deficiência mental, não possuindo o necessário discernimento para a prática do ato, ou que, por qualquer outra causa não possa oferecer resistência. Por se tratar de um agravante ao crime de estupro, a pena é aumentada de até 10 anos de prisão para até 15 anos.
Segundo a delegada Luciana de Almeida Mancini, titular na Delegacia de Defesa da Mulher (DDM) de Rio Preto, o aumento de registro de estupro de vulneráveis pode não ter relação com o aumento de casos. “O que percebemos, no decorrer da apuração das denúncias, é que as vítimas estão sendo mais bem acolhidas por familiares e principalmente pelas escolas. Muitas denúncias partem de professores que percebem o comportamento diferente dos alunos e incentivam a criança a falar”, relatou a delegada.
Mancini ainda atribui o aumento de casos aos resultados positivos de ações educativas. “Vemos que as crianças, principalmente, estão com mais informações na escola, na internet e até mesmo pela TV e isso é um resultado positivo. Temos investido muito em campanhas educativas e estamos colhendo os resultados”, afirmou.
A delegada faz um alerta sobre a situação das crianças em vulnerabilidade dentro da própria casa. “Na maioria das vezes, vemos que o agressor é o pai, o irmão, o tio ou o padrasto, ou seja, gente do convívio da criança e da confiança dela. Por isso é importante estar atento aos sinais. O agressor pode estar dentro de casa e demorar para ser descoberto”, concluiu Mancini.
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