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Ludibriado por golpistas, aposentado perde mais de R$ 20 mil em Rio Preto

Cartão da vítima ficou preso no caixa e ‘atendente’ mandou que saísse da agência porque estava com interferência na ligação

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Divulgação/Ilustrativa

Enganado por um falso atendente de banco, aposentado de 65 anos perdeu quase R$ 23,5 mil no último final de semana. De acordo com informações do boletim de ocorrência, registrado nesta terça-feira (6), o cartão da conta da vítima ficou preso em um caixa eletrônico no Jardim Seyon e várias movimentações foram realizadas sem o consentimento dele.

O golpe colocado em prática foi bem elaborado. Na delegacia, contou que “no último sábado tentou utilizar o cartão em dois comércios e não conseguiu. Com isso, decidiu ir até a agência. No local, conseguiu acesso a conta apenas no quarto terminal que tentou. Mesmo assim, o objeto ficou preso na máquina, que tinha um adesivo com um número de 0800 para os clientes utilizarem em caso de algum problema”.

Ele seguiu o relato, contando que “ligou para o referido número e o ‘atendente’ o orientou ‘a sair da agência porque dentro havia transferência e não seria possível fazer o atendimento’. Saiu do local e o cartão permaneceu no caixa eletrônico. O golpista passou a fazer perguntas aleatórias como ‘que roupa estava vestindo’ e ‘qual carro havia chegado ao local’. Em seguida, pediu os dados pessoais e da conta, inclusive a senha”.

Por fim, o ‘atendente’ permaneceu “conversando com ele, alegando que ‘o sistema estava lento, pois era final de semana e que demoraria para resolver o problema’. Cerca de uma hora depois, lhe afirmou que estava resolvido e que na segunda-feira seguinte deveria retornar na agência e procurar uma funcionária e que o cartão seria devolvido”.

Ao chegar em casa, no entanto, o aposentado teve péssimas surpresas. Ele passou a receber avisos pelo celular (SMS) sobre movimentação na conta dele como pagamento de cartão, saques, compras, transferências, entre outras, totalizando oito transações com os seguintes valores: R$ 5 mil, R$ 1 mil, R$ 500, R$ 4.860 mil, R$ 2 mil, R$ 2,5 mil, R$ 2.499,99 mil e R$ 4.999,99 mil (somando R$ 23.359,98 mil).

Ao delegado disse ainda “que na agência bancária naquele momento havia quatro homens, mas não reparou as características de todos. Apenas um, que era negro. Apenas o terminal que utilizou por último estava funcionando e que um dos desconhecidos o orientou a ligar para o 0800 que estava no adesivo colado no terminal”. Voltou ao banco nesta quarta, onde recebeu a orientação de formalizar a queixa. O cartão não foi mais localizado.

As imagens das câmeras de segurança da agência serão checadas para tentar auxiliar nas investigações. Os comprovantes das negociações realizadas de forma indevida foram anexados no boletim de ocorrência e a vítima foi orientada sobre o prazo de seis meses que tem direito a processar os envolvidos. Este tempo só passa a contar quando eles forem identificados.

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