“Estou presa, ele vai me matar, socorro”, diz vítima para policiais militares

Um cabelereiro de 63 anos foi preso após agredir a própria companheira nesta terça-feira (20) no bairro São Miguel Arcanjo, em Rio Preto. De acordo com informações do boletim de ocorrência, a vítima, faxineira de 57 anos, relatou aos policiais militares “que o companheiro já tentou matá-la uma vez”.

Agentes relataram na Central de Flagrantes que era por volta de 18h, quando foram acionados ao endereço. No local, se depararam com a residência tranca com cadeado no portão, mas escutaram um barulho e um pedido de socorro ‘abafado’. Se identificaram como policiais e nesse momento o suspeito aumentou o volume do rádio.

A vítima dizia “estou presa, ele vai me matar, socorro!”. Diante disso, invadiram o imóvel arrombando portão e porta da sala. O casal estava em um dos quartos. Em conversa com a mulher, ela relatou que “convive com o companheiro há 16 anos, que já foi agredida diversas vezes, registou ocorrência policial contra ele, que, inclusive, já tentou matá-la há sete anos. Mas nunca rompeu o relacionamento por causa da mãe dele”.

Seguiu o relato dizendo que “nesta terça, ele usou cocaína e a agrediu fisicamente com chutes, socos, tapas no rosto, puxões de cabelo e tentou enforcá-la, tirando dois dentes da boca dela porque ela quebrou um vidro de pimenta sem querer. Depois disso, trancou toda a casa e iniciou as agressões”.

Já o suspeito negou todas as acusações, alegando que “apenas a impede de ingerir bebidas alcoólicas”. A vítima, no entanto, estava lesionada no rosto e nos braços. Diante dos fatos, o agressor foi levado para a delegacia. No local, o delegado de plantão o manteve preso, sem direito à fiança.

Em seguida, a prisão em flagrante (válida no máximo por 24 horas) foi convertida em preventiva (até 90 dias). A rio-pretense foi orientada quanto ao prazo de seis meses que possui direito a entrar com processo contra o companheiro e recebeu requisição para exame de corpo de delito, a ser realizado no IML. O homem permanece à disposição da Justiça em carceragem local.