Cidades
DIG de Rio Preto desmantela quadrilha que aplicava o ‘golpe do nudes’
Integrantes da organização criminosa chegavam a cobrar até R$ 10 mil para não expor as vítimas
Homens da Delegacia de Investigações Gerais (DIG) da Divisão Especializada em Investigações Criminais (Deic) de Rio Preto, com o apoio da polícia civil gaúcha, prenderam nesta terça-feira (4/9) cinco integrantes de uma organização criminosa investigada por extorsão por meio do ‘golpe do nudes’. Segundo a Polícia Civil, a quadrilha fez várias vítimas nas cidades paulistas de Bernardino de Campos, Jandira, Mairiporã, Bebedouro, São Paulo/capital e também em Rio Preto.
“Os criminosos têm antecedentes criminais por estelionato e roubos, eles cobravam até quanto a vítima podia pagar, em média de R$ 5 mil a R$ 10 mil. As vítimas são pessoas da classe média e classe média alta”, explica o delegado Wander Solgon, que coordena a investigação.
Nas casas dos investigados foram apreendidos celulares e colhidas provas de interesse da investigação, que serão juntadas ao inquérito, inclusive uma carteira de identificação de delegado de Polícia de SP. Os cinco detidos foram ouvidos sobre os e confessaram a participação no golpe.
Nessa terça-feira a DIG, com auxílio de policiais civis gaúchos, realizou o cumprimento das ordens judiciais e apreendeu nas casas dos suspeitos celulares e colheram provas de interesse da investigação que serão juntadas aos autos, inclusive uma carteira de identificação de Delegado de Polícia de SP. Além disso, os averiguados foram ouvidos sobre os fatos aqui narrados e confessaram a participação no golpe.
(Polícia Civil)
Como o grupo agia
Os integrantes mantinham contato com as vítimas por meio de um aplicativo de namoros e encontros e, após mantidos esses contatos, eles telefonavam ou encaminhavam mensagens para as vítimas, sempre por meio de aplicativos mensageiros, tipo o WhatsApp, e, se passando por autoridades policiais, inclusive utilizando de fotografia de Delegado de Polícia do Estado de São Paulo; coagiam as vítimas, narrando que a pessoa com quem mantiveram contato, ou seus familiares, haviam procurado a polícia, e que haveria risco iminente de prisão caso não entrassem em acordo.
As conversas então evoluíam, com pedidos de valores que seriam destinados à pessoa ou à família que supostamente havia procurado a polícia. As vítimas, em muitos casos, intimidadas pelas ameaças de prisão, acabavam efetuando o pagamento dos valores exigidos, que eram direcionados para os integrantes da organização cujo papel específico é fornecer as contas bancárias para recebimento dos valores obtidos da extorsão.
Segundo a Deic, os criminosos foram identificados por meio de ações de campo, uso de ferramentas de inteligência policial e provas testemunhais. Todos foram formalmente indiciados pelos crimes de integrar organização criminosa, lavagem de dinheiro e extorsão.
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