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Bebê de 9 meses com malformação rara passa por cirurgia no crânio no HCM

A incidência da cranioestenose é estimada de 1 a cada 2.500 nascidos vivos e somente 8% apresentam sintomas

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Teve alta do Hospital da Criança e Maternidade (HCM), de Rio Preto, o pequeno Benício, de nove meses, após realizar com sucesso uma cirurgia de correção de cranioestenose. A malformação é uma condição rara caracterizada pelo fechamento prematuro das suturas cranianas (junções entre os ossos do crânio) que impede o crescimento adequado do cérebro e provoca deformidades no crânio. O procedimento aconteceu no dia 28 de outubro.

O Dr. Linoel Curado Valsechi, neurocirurgião do Hospital de Base (HB) e Hospital da Criança e Maternidade (HCM) explica sobre a condição rara da cranioestenose. “As suturas permitem a expansão do crânio conforme o cérebro cresce. Quando uma dessas junções se fecha prematuramente, o crânio para de crescer naquela direção, e o cérebro busca espaço em outras áreas, o que pode resultar em uma deformidade óssea. A condição pode causar atrasos no desenvolvimento motor e cognitivo, além de problemas na visão e no comportamento da criança”, afirma.

O procedimento, que é o único tratamento eficaz na craniossinostose, consiste em osteotomias no crânio com expansão da calvaria liberando espaço para o adequado desenvolvimento cerebral. O procedimento também pode ser realizado de forma minimamente invasiva com o auxílio de endoscopia, o que reduz o risco de sangramento e deixa cicatrizes menores. A técnica permite a visualização interna por meio de uma câmera inserida sob a pele, por pequenas incisões. Em alguns casos, são usados dispositivos como molas e distratores, que auxiliam na expansão do crânio, permitindo o crescimento saudável do cérebro, utilizado principalmente em crianças acima de 1 anos.

Todas essas técnicas são realizadas no HCM.

No HCM, um dos únicos hospitais do Noroeste Paulista a realizar o procedimento, conta com notáveis avanços nas técnicas. A equipe utiliza exames de tomografia com reconstrução em 3D para confirmar o diagnóstico e planejamento cirúrgico.

O uso da impressão 3D no HCM permite o desenvolvimento de modelos anatômicos para planejamento cirúrgico, aumentando a precisão e a segurança dos procedimentos. Com isso, o hospital continua a se destacar na área de cirurgias pediátricas de alta complexidade e reforça seu compromisso com a saúde infantil.

Após a cirurgia, o paciente deve seguir um acompanhamento para cuidados com as feridas operatórias por cerca de 15 dias, podendo, em seguida, retomar atividades normais, como brincar no chão, por exemplo.

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