Confusão em pensionato acaba em facadas e boletim de ocorrência

Uma discussão em um pensionado evoluiu para briga e facadas nesta sexta-feira (27) no bairro Jardim Itapema, em Rio Preto. De acordo com informações do boletim de ocorrência registrado, tudo começou devido a um caso de furto, que aconteceu dias antes.

Policiais militares relataram na Central de Flagrantes que era por volta de 10h30, quando foram acionados via rádio pelo proprietário do local para atender um caso de lesão corporal. Constataram que um rapaz de 24 anos reside com mais três pessoas, sendo um deles o ferido, pedreiro de 29 anos.

Ao ser questionado, o mais novo alegou que “teve um desentendimento com o pedreiro em decorrência de um furto que ocorreu na residência dias atrás. O colega facilitou que o furto ocorresse e por esse motivo começaram a discutir. O pedreiro o ameaçou de morte, pegou uma faca e veio em direção a ele, momento em que entraram em luta corporal. Conseguiu tomar a faca e desferiu golpes nele, que acertaram a região da cabeça e os braços”.

Após a confusão, o pedreiro teve lesões na cabeça e antebraço, recebendo encaminhamento para a UPA Norte. Ainda segundo o envolvido, “o pedreiro antes de ser atendido, chegou a pegar outra faca e tentou agredi-lo novamente. Inclusive, já o presenciou com armas de fogo e drogas no quarto dele. Por isso, ficou com receio de morrer e agiu em legítima defesa”.

As facas acabaram apreendidas e, diante das denúncias, os policiais revistaram o quarto do pedreiro, onde localizaram oito celulares. No carro dele havia outros três telefones. O rapaz de 24 anos foi conduzido para a delegacia, onde descobriu-se após consulta que, ao menos três aparelhos, não constavam nenhuma ocorrência policial.

Na unidade de saúde, o suspeito contou uma versão diferente. Disse que “teve um desentendimento com o jovem devido a um caso de furto e nesta sexta, ao chegar em casa, ele o acertou com uma faca na cabeça. Tentou se defender com os braços, mas também foi atingido nesses membros. Saiu correndo em direção da rua, momento em que pediu para que o colega parasse e socorresse. Instante em que ele parou e resolveu socorrê-lo. O colega pegou o carro dele e o deixou na UPA. Havia uma testemunha naquele momento no pensionato, mas não se recorda o nome”.

Quanto aos celulares, relatou que “trabalha consertando os aparelhos”. Como as versões divergem e, sem elementos suficientes, o delegado de plantão determinou a instauração de inquérito para que o caso seja investigado. Foram emitidas requisições para exame de corpo de delito, a serem realizados no IML e a documentação terminou enviada à delegacia correspondente a área dos fatos, que vai investigar o caso.