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“Preserve a vida do seu neto, não levando ele no carro com você”

Rio-pretense registra queixa após ter a vida dela, da filha e do neto ameaçadas por ex-companheiro

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Divulgação/Ilustrativa

“Preserve a vida do seu neto, não levando ele no carro com você”. Essa foi uma das ameaças sofridas por uma rio-pretense pelo ex-companheiro dela. As informações constam em um boletim de ocorrência registrado neste sábado (25). Na Central de Flagrantes, a médica de 47 anos relatou que “foi procurada pelo homem, o qual possui medida protetiva contra, devido ao fato dele ter cometido violência contra ela e a filha. Na semana passada, inclusive, ele chegou a invadir a casa dela”.

Seguiu o relato dizendo que “realizou tortura psicológica até que ela abrisse a porta e avisou que não deixaria o apartamento. Ao sair para trabalhar chamou a polícia e guardas municipais conduziram o suspeito [desempregado, 47 anos] para a DDM, onde foram expedidas as medidas protetivas de urgências, que ele foi cientificado”.

Neste sábado, segundo a rio-pretense, “enquanto trabalhava [no Centro da cidade] recebeu mensagens do ex por telefone de outra pessoa, uma vez que ele não tem celular e está morando na rua. Em seguida, ficou ligando de telefones estranhos e voltou a mandar mensagens, daquelas que só podem ser visualizadas uma vez apenas. Disse que tinha lhe mandado um presente, uma roupa, que ela fotografou e estava no retrovisor do carro dela. Ele fez ameaças, dizendo para ela ‘preservar a vida do neto não levando ele no carro porque ele vai matar tanto ela quanto a filha dela e já deixou nas mãos de outras pessoas’, dando a entender que são criminosos que irão lhe fazer algum mal e também a filha”.

Sentindo-se extremamente ameaçada, apresentou a foto do ‘presente’ no retrovisor do carro, provando que ele descumpriu as medidas protetivas. Quanto as mensagens que se apagam automaticamente, reproduziu pelo notebook e as gravou em vídeo, sendo que vai apresentar o material na Delegacia de Defesa da Mulher.

Por fim, acrescentou que “o crime de violência contra ela já perdura por mais de 5 anos e que o envolvido já foi preso em flagrante por três vezes exatamente por esse motivo e que sempre retomava o relacionamento por medo [anexou uma foto dele na queixa portando uma arma de fogo, que recebeu dele pelas redes sociais após uma das vezes que saiu da cadeia]”. O delegado de plantão instaurou inquérito para apurar o caso e encaminhou os documentos para o distrito policial correspondente a área dos fatos, que vai conduzir as investigações.

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